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CAXANGÁ O CHAPÉU DE MARINHEIRO

Caxangá é uma peça utilizada no uniforme dos marinheiros, como cobertura para a cabeça. Não se sabe ao certo o período em que começou a ser utilizado e nem sua origem, entretanto, praticamente todas as marinhas fazem uso desta peça de uniforme, denotando a força da tradição. É uma espécie de chapéu, um gorro branco, em tecido de algodão com as abas para cima. Muito empregado durante as fainas marinheiras, é tido como parte do uniforme de serviço do marinheiro. Seu formato lembra um barco, onde as pontas representam a proa e a popa e as bordas, as laterais de uma embarcação. Como surgiu?


CAXANGÁ: Conhecido como CHAPÉU DE MARINHEIRO 
em inglês Dixie Cup

 
Na marinha americana é conhecido como Dixie Cup, seria algo como copa dixie. Eles se referem assim, por assemelhar-se aos copos descartáveis dessa marca muito famosa (Dixie cups)  na Segunda Guerra Mundial que é parecido com o gorro tradicional dos jack (marujos). Dixie neste contexto não tem nada haver com o termo para designar os sulistas americanos. 


A cobertura foi introduzida pela Marinha do Estados Unidos em 1866 quando autorizaram os marinheiros a usar um chapéu de palha branco durante os meses do verão tendo sido modificado em 1886 com aba mais larga e uma cobertura feita em lona, barateando seu custo dentro do regulamento.

O breve hiato dessa peça foi quando tornou-se um símbolo dos marinheiros a  mais de 100 anos. O material foi substituído por  algodão tornando mais barato e confortável e assim durante o inverno os marinheiros erguiam as abas em torno da cobertura, enquanto no verão usavam para fazer sombra. Era o velho chapéu de balde reformulado. O lendário uso de proteção solar do chapéu foi servir de cobertura no uniforme dos alistados no mais baixo escalão.

Como forma de deixar a cobertura mais confortável o material foi substituído por sarja de algodão branco com uma coroa arredondada e uma aba reta e deve ser usada na cabeça com a borda frontal inferior  acima das sobrancelhas. Tornando seu formato característico até hoje. Porém os marinheiros parecem incapazes de resistir em tentar personalizar seus chapéus, esticando, esmagando e reformulando seu formato criando um estilo próprio e pessoal a cobertura dando uma nova forma.

A capa tão adorada foi temporariamente eliminada em 1973 fazendo um tremendo alvoroço fazendo com que passassem a adotar como parte do visual do uniforme dos "cracker jack" - marinheiros expert - icônico. Assim descobriram que além de pequeno o chapéu era menos caro e mais fácil de produzir e guardar do que seu substituto deselegante.



Já o termo Caxangá, segundo o dicionário Tupi-Guarani-Português de Francisco da Silveira Bueno, caxangá vem de caá-çangá que significa "mata extensa". O mais provável que quando a marinha inseriu os ex-escravos na armada no período regencial para consolidar a independência do Brasil por falta de homens e criar um novo corpo naval estritamente nacional, eles associaram ao chapéu ao caxangá - um tipo de saquinho usados para contrabando de sementes para as senzalas - e devido a isso o nome do chapéu se difundiu pela marinha. Outra possibilidade, a mais provável em minha opinião, era uma forma de caçoar um dos outros por considerarem o chapéu como um adereço de mulher, ou algo ridículo. Esse termo está presente no Dicionário do Folclore Brasileiro que se refere a um adereço usado pelas mulheres alagoanas na cabeça como enfeite, e também está associada aos sacos de sementes.

Agora você já sabe, antes de chamar de chapéu de marinheiro, saberá que existem muitas outras coberturas militares que são chapéus de marinheiros.


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https://puclabdesign.blogspot.com/2018/03/voce-sabe-o-que-e-chapeu-bivaque.html

Um comentário:

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