VOCÊ SABE O QUE É CHAPÉU, BIVAQUE, CASQUETE, GORRO, TOUCA , BIBICO, CAXANGÁ, CARAPUÇA, TOQUE BLANCHE?
Como designer a premissa inicial para começar qualquer projeto é conhecer sobre o assunto que está estudando, a origem do produto e sua história. Daí é o design tem tudo haver com história, geografia, etnologia, etnografia... e conhecer a origem das coisas e reconhecer seu significado para dar coerência e sentido as coisas. Aí que surgiu a dúvida! Qual o nome do dado ao chapéu que os marinheiros e militares usam? Assim surgiu uma grande pesquisa para descobrir qual era o nome exato das coberturas militares, religiosas e afins.
Sim, a cobertura, esse e o termo técnico para chapéu, afinal o nome vem do latim cappellus que significa algo como enfeite de cabeça, e tem como diminutivo cappa, casco, casaco ou capuz pelo francês antigo chapel, que atualmente é escrito como chapeau designando uma cobertura para a cabeça tanto para homens quanto para mulheres. Esse artefato existe ao menos 6.000 anos e sempre foi símbolo de qualificação social a ponto de escravos romanos serem proibidos de usá-lo.
Todos os registros sobre este artefato deve-se a uso de reis, imperadores, militares e camponeses, por isso todos eles devem vir dessa origem. Vamos conhecer o nome comum deles e seu nome real.
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CAXANGÁ: Conhecido como CHAPÉU DE MARINHEIRO
em inglês Dixie Cup
Caxangá é uma peça utilizada no uniforme dos marinheiros, como cobertura para a cabeça. Não se sabe ao certo o período em que começou a ser utilizado e nem sua origem, entretanto, praticamente todas as marinhas fazem uso desta peça de uniforme, denotando a força da tradição. É uma espécie de chapéu, um gorro branco, em tecido de algodão com as abas para cima. Muito empregado durante as fainas marinheiras, é tido como parte do uniforme de serviço do marinheiro. Seu formato lembra um barco, onde as pontas representam a proa e a popa e as bordas, as laterais de uma embarcação.
Na marinha americana é conhecido como Dixie Cup, seria algo como copo dixie. Eles se referem assim, por assemelhar-se aos copos descartáveis dessa marca muito famosa (Dixie cups) na Segunda Guerra Mundial que é parecido com o gorro tradicional dos jack (marujos). Dixie neste contexto não tem nada haver com o termo para designar os sulistas americanos.
Já o termo Caxangá, segundo o dicionário Tupi-Guarani-Português de Francisco da Silveira Bueno, caxangá vem de caá-çangá que significa "mata extensa". O mais provável que quando a marinha inseriu os ex-escravos na armada no período regencial para consolidar a independência do Brasil por falta de homens e criar um novo corpo naval estritamente nacional, eles associaram ao 'chapéu' ao caxangá - um tipo de saquinho usados para contrabando de sementes para as senzalas - e devido a isso o nome do chapéu se difundiu pela marinha. Outra possibilidade, a mais provável em minha opinião, era uma forma de caçoar um dos outros por considerarem o chapéu como um adereço de mulher. Esse termo está presente no Dicionário do Folclore Brasileiro que se refere a um adereço usado pelas mulheres alagoanas na cabeça como enfeite e também está associada aos sacos de sementes.
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BIVAQUE: Conhecido entre os militares como BIBICO ou CANÍCULA
em inglês Garrison Cap or Side Cap
O estilo que originou este adereço aos exércitos de todo o mundo era chamado de tampa austríaca ou limite austríaco por volta de 1890. Existe uma versão anterior que era conhecido como torin que tinha uma linha superior muito mais curvada quando vista de lado. Ambos os tipos austríacos, a tampa e o torin foram distinguidos pela inclusão de uma seção dobrável para aquecer as orelhas no inverno, e a parte de trás da cabeça em condições meteorológicas incomodas já no verão era dobrado para manter a cabeça protegida do sol e deixar mais agradável e confortável no calor. Esse dois estilos ainda são usados por oficiais de algumas unidades britânicas e continuam a incluir esse recurso.
Na aparência ele parece semelhante a um gorro, mas difere pela falta de tartan (padrão de estampa quadriculado) ou arranjo de franjas e pompom típicos das toucas escocesas. Foi associado com várias forças militares desde da Primeira Guerra Mundial e com várias organizações juvenis, especialmente por escoteiros difundidos por Baden Powell. Uma característica conveniente desta tampa é que quando está usando não precisa prender em nada e por isso ele pode ser facilmente armazenado dobrando ao meio. Em alemão este chapéu é chamado de Schiffchen que significa "pequeno navio".
Já no Brasil ele foi introduzido somente após a Proclamação da República, pelo Exército Brasileiro que ajudou na independência do Brasil. Os militares brasileiros no início do século XX, utilizaram efetivamente o chapéu na Segunda Guerra Mundial e por conta de normas técnicas militares ou puro desconhecimento até hoje chamam de gorro, mas não remete em nada a ele, até que os próprios soldados expedicionários o apelidaram de "bibico" porque ele tinha dois bicos. O nome bivaque para o chapéu vem do francês bivouac que designa uma acampamento rudimentar para passar a noite na natureza, ou acampar sem barraca, diferente de uma casa-mata que é um abrigo fortificado construído para conter o fogo inimigo.
Por conta disso o nome bivaque é o termo correto para o "gorro" tanto no Brasil quanto em Portugal. Até porque fazia parte do uniforme da Força Expedicionária Brasileira que muitas vezes foi obrigada a acampar ao relento quando não estavam lutando em um bivaque.
Já o termo Canícula foi adotado pela aeronáutica para as coberturas por referenciar a Constelação de Sírius ou Canis Majoris que é a estrela mais brilhante no céu noturno. Também o termo chamado de canícula, ou 'calor do cão' que é um termo empregado para condição do tempo meteorológico associado a ondas de calor com a presença de circulação atmosférica anti-ciclônicas quase estacionárias encontradas durante evento de bloqueio atmosférico. Por fim, canícula também é o fenômeno de constelação Cão Menor ou Canículae onde a passagem aparente do disco solar pela constelação gera riscos naturais no inverno no Hemisfério Norte e no verão no Hemisfério Sul, no qual o fenômeno é menos conhecido. Por isso, está mais associado a fenômenos aéreos e celestiais do que terrenos e são denominações genéricas para as coberturas militares da aeronáutica.
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CASQUETE: Muitas vezes confundido comoBIBICO
em inglês Casque
De origem francesa casqué que significa algo como capacete sem visor, no português designado como pequeno casco. Durante os séculos XV e XVI, os homens nobres e reais vestiam os capacetes ornamente decorados chamados de cascos para proteção em batalha. Quando este tipo de chapéu entra na moda na década de 1920 uma variação de chapéu sem aba eram ajustados para colocá-los na parte de trás da cabeça para enquadrar melhor o rosto nas fotos, coisa que era novidade na época. Como o estilo assemelha uma espécie de capacete feminino, tornou-se conhecido como casquete. Os casquetes ressurgiram popularmente durante a década de 50 onde foram incorporados as instituições militares sendo a denominação adotada para as coberturas militares femininas no Brasil.
Um casco, ou casquete ornamental romano do século IV
Também o casquete pode designar um chapéu sem abas, normalmente adornados por plumas, laços e tule onde costuma a cobrir apenas parte da cabeça da dama associado ao luxo e glamour dos anos 1920, 1930 e 1940; muitas vezes confundidos com bibico. É utilizado por noivas, em eventos ao ar livre, é um chapéu para todas as ocasiões. Tecnicamente o casquete é um termo errôneo para este tipo de cobertura já que o toucado seria o mais apropriado.
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CHAPÉU DE BALDE: Chamado de CHAPÉU DE PESCADOR ou CHAPÉU CATA-OVO
em inglês Bucket Hat
O chapéu de balde, mais conhecido como chapéu cata-ovo no Brasil, também é chamado de chapéu irlandês e chapéu de sessão. É um chapéu com aba larga inclinada para baixo. Normalmente é feito de tecido de algodão, nylon, lã entre outros materiais. Foi adotado pela primeira vez como item de moda na década de 1960.
O chapéu de balde ou de pesca surgiu em 1900 feito de feltro de lã tradicionalmente usado por agricultores e pescadores irlandeses para proteger contra a chuva porque a lanolina da lã não lavada fazia com que o tornasse o chapéu impermeável. Desde os anos entre guerras era o chapéu comum das caminhadas das tropas irlandesas que rapidamente acabou popularizando para atividades no campo, porque dobrados podiam caber no bolso do casaco. Se ele caia na lama, poderia ser facilmente limpo. Na década de 1960, começou a sair do meio militar e foi muitas vezes utilizado por membros da subcultura Mod. O chapéu é derivado do chapéu tropical de algodão verde-oliva que era utilizado pelo exército americano na Guerra do Vietnã, tornando-se popular entre civis para uso em pesca esportiva e como proteção solar nas praias.
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GORRO: também é chamado de BARRETE ou TOUCA
em inglês cap ou bonnet
O gorro é uma peça redonda de tecido ou malha utilizada para cobrir e aquecer a cabeça, diferente do chapéu que tecnicamente tem abas ao redor para proteger a cabeça do sol e da chuva. Esta peça é na verdade um subtipo de chapéu árabe, de formato redondo e sem abas que cobre as orelhas e é usado por homens, mulheres e crianças para proteger do frio. Geralmente é feito de malha como tricô ou crochê mas existem variações, até porque o gorro árabe original era amarrado no queixo, diferente de uma balaclava que cobre completamente o rosto e o pescoço deixando apenas olhos e as vezes a boca com aberturas. Em países muito frios os gorros podem ser feitos com peles de animais ou materiais sintéticos como o couro forrados com pelos sintéticos para proteger do frio.
Basicamente a touca árabe antiga era muito parecida com a touca medieval chamada de coifa que vem da latim tardio cofia que significa algo como capacete, segundo dicionário Oxford.
O gorro ou barrete moderno não possui nenhum elemento ou adorno acrescentado. Isto é, não tem pompons, abas, protetores de orelha, exceto que o caracteriza tecnicamente de uma touca é que você deve deixar ele com uma sobra no topo da cabeça voltado para trás diferenciando da touca ou de uma boina e outros similares.
Este estilo de gorro já foi muito utilizado no exército Ucraniano no século XVIII, com o passar do tempo acabou caindo em desuso e não há registros de nenhuma força beligerante utilizando este modelo. Normalmente as coberturas para uso militar não são chamadas por chapéu, mas por gorro ou boné. Sendo que o gorro é qualquer cobertura que não tem pala (aba), já o boné é qualquer cobertura que tem a pala (aba).
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TOUCA: Chamado de GORRO ou BARRETE em inglês Hood
A touca é uma espécie de vestimenta para cobrir o couro cabeludo e aquecê-lo. Diferente do chapéu que serve somente para proteger das intempéries a finalidade da touca é proteger e aquecer. Ambos a touca como o chapéu são nomes genéricos para caracterizar o objeto. Portanto a touca é um nome genérico para qualquer outra variação de cobertura para a cabeça. Ela pode ser feita de couro, lã, nylon, algodão ou qualquer outro material não usual. Sempre foi utilizada como proteção contra o frio por nobres, camponeses, militares e mais tarde acabou ganhando adesão a diversas áreas esportivas e lazer. As toucas podem variar em tamanho, design, alguns tem protetor de orelha e pompons e até abas.
Generalizando o termo touca serve para designar qualquer aplicação de produto que se leva a cabeça como as toucas de natação para prender os cabelos, ou touca térmica, uma espécie de secador de cabelos, além da touca cirúrgica para prender e evitar que caiam cabelos, assim como as toucas de cozinha, e as toucas natalinas típicas de datas comemorativas.
O precursor do que chamamos de touca veio derivado do gorro. Tradicionalmente o gorro era uma peça exclusiva masculina de um sultão no mundo árabe e que aos poucos foi popularizando para as demais camadas da sociedade e chegou nos séculos XII e XIII na Europa que a confeccionavam com algodão, seda e veludo em geral para protegerem do frio. Somente no século XVI as toucas eram feitas de brim e tornou-se muito popular. No século XIX a variedade de aplicações e estilos era tanta que acabaram parando no campo esportivo, militar e na moda. Já os egípcios os faraós e nobres eram mostrados usando uma ampla variedade de cobertura para a cabeça ao passo que o povo comum era retratado sem nada na cabeça ou as vezes um tipo de toucado. Por isso, não era um objeto comum para os egípcios e também na Grécia Antiga já que creditavam aos gregos de Frígio por terem levado a cobertura persa para a Grécia, referenciado como importado do Oriente, pois nem eles faziam uso dos gorros, só foi utilizado na antiguidade clássica apenas por marujos e pastores gregos quando precisavam passear ao ar livre para caçar ou viajar.
Por outro lado os gregos usavam um tipo de gorro chamado rúneo que eles acreditavam ser considerado um capacete de guerra feito de couro e pele que eram de origem oriental, além do antigo gorro grego que foi atestado por Homero feita de pele de cabra amarrados sob o queixo por tiras de couro como na imagem abaixo.
Por fim o uso militar da touca está relacionada atividades de campo, assim como a balaclava para operações e missões especiais. Já os outros tipos de modelo de touca são usados das mais diferentes formas e por todas as pessoas.
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GORRO GLENGARRY: Chamado de GORRO ESCOCÊS ou GORRO DE FITA
em inglês Glengarry
O tradicional gorro apareceu pela primeira vez na vestimenta do Corpo (de Infantaria) "Fensários Glengário" - Glengarry Fencibles - quando foram formados em 1794 pelo coronel Alexander Ranaldson MacDonell de Glengarry, por vezes, citado como inventor por ser dobrado de forma plana e tornou-se o gorro militar padrão porque era armada de forma rápida do que o gorro anterior. Em escocês glen significa tipicamente um vale longo delimitado por lados côncavos suavemente inclinados ao contrário de uma barranco, que é profundo e encostas íngremes. O historiador Whittow define o termo escocês para um "Vale profundo em terras altas" que é "mais estreito do que um esforço de vale". Então o sobrenome Glengarry seria algo como "Alto Vale Garry" ou " Estreito Garry" ou mais a forma mais aportuguesada como Glengário (neologismo) Já o termo Fencibles vem do inglês primitivo defencibles (defensários) quando foram criados regimentos britânicos para a defesa e ameaça durante a invasão da Guerra dos Sete Anos. Essa palavra é de origem goidélica que é o gaélico irlandês gleanne do escocês, glion em Manx. O nome glen ocorre frequentemente em nome de lugares no Reino Unido.O primeiro uso clássico pode não ter ocorrido em 1841 quando foi introduzido pelos flautistas da 79ª Infantaria pelo comandante do tenente coronel Lauderdale Maule.
Vale Estreito ou Glen
Foi somente na década de 1850 que o gorro glengarry tornou-se uma característica desgastada nos regimentos escoceses do Exército Britânico. Em 1860 o glengarry sem borda foi introduzido, cortado e retirado a borda e uma pena havia sido usado pelos gaiteiros em todos os regimentos, exceto pelo 42º Black Watch cujos flautistas usavam o gorro de pena apenas com o kilt completo. Em 1914 todos os regimentos de infantaria escocesa estavam usando os glengarries azul escuro em ordens de vestimenta não em cerimoniais, exceto os Cameronians - rifles escoceses- que usavam as estampa do gorros em verde-rifle o restante da guarda escocesa usavam a estampa na cor caqui.
Por fim os glengarries em xadrez tornaram-se vermelhos, brancos e azuis para regimentos reais e vermelhos, brancos e verdes para outros. Dependendo do regimento como o Black Watch e Queen´s Own Cameron Hightlanders utilizam sem ter o xadrez.
Até 1868 o glengarry foi utilizado como cobertura até que a maioria dos soldados britânicos substituíram por boné de serviço de campo de curta duração. Até que os soldados britânicos acabaram revivendo o gorro em 1937 no Regulamento de Uniformes para o Exército e descreveu como um cobertura de serviço de campo padrão universal utilizado pelo exército britânico na Segunda Guerra Mundial como forma semelhante ao Glengarry.
Já a cobertura utilizada pelo Corpo de Cavalaria do exército irlândes é chamado de Glengarry, mas é mais parecido com a chapéu velho irlandês (caubeen) em aparência. A diferença é que possuí duas fitas na parte traseira na cor preta. O glengarry é usado por membros masculinos civis e é uma cobertura apropriada para qualquer homem com vestimenta causal ou diurna do Alto Conselho (Highland).
O gorro glengarry é portanto, uma cobertura escocesa, tradicionalmente feita de lã de grande espessura, decorada com uma borda de topo, frequentemente com um cocar em forma de roseta do lado esquerdo ou penas e com fitas penduradas atrás. É parte integrante do uniforme militar e civil do Ato Escalão, formal e informal como alternativa ao gorro bamoral ou ao gorro Tam O'Shanter. O Regimento Real da Escócia usa o glengarry com faixas de xadrez e penas de galo negro quando é tocado em cerimonial.
O Corpo dos Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil é um dos únicos regimentos no Brasil que utilizam o Glengarry em seu uniforme oficial, o que diferencia do bivaque (também chamado de bibico) é que ele tem uma barra em volta do gorro, tendo forma mais definida em forma de barco, com bordas aparentes. Na versão original, além de ser feito de veludo, lã, ou tecido mais grosso, marcados por um distintivo cocar na lateral e as fitas atrás que dão o símbolo mais caraterístico do gorro. No gorro escocês ainda é acrescentado um pequeno pompom marcando o centro. Já no Brasil por ser um país tropical o gorro não é feito com tecido com maior gramatura, embora poderia ser conformado em outro material tornando mais característico com o original. Este tipo de cobertura poderia ter sido introduzido pelo Almirante inglês Lord Thomas Cochrane conde de Dunald e Marquês do Maranhão quando desempenhou sua participação na Marinha do Brasil a pedido de Dom Pedro I como comandante da Armada Imperial Brasileira em 1823 na Guerra da Independência do Brasil e na Confederação do Equador. Porém, o gorro escocês foi introduzido pelo comandante do Batalhão Naval da marinha brasileira de origem inglesa (George ? Scott - carece de fontes) por volta de 1892 trazendo aos fuzileiros da armada o glengarry como forma de condecoração aos mais aptos em serviço e acabou sendo bem aceito pela marinha, se tornando parte do uniforme pelo corpo naval, instituindo assim uma unidade diferenciada e única para os soldados navais.
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TAMPA DE MARINHEIRO: Chamado dubiamente de CHAPÉU DE MARINHEIRO - ver caxangá, em inglês Pork Pie Hat aka Sailor Cap or Flat Hat
Uma tampa de marinheiro é um chapéu redondo e sem abas usado por marinheiros em muitas marinhas do mundo. Uma borla com uma fita de seda preta inscrita, está amarrada em torno da base que usualmente tem o nome de um navio ou uma marinha. Muitas marinhas (por exemplo, o alemão) faziam a contagem na parte traseira da tampa e deixam as duas pontas nas extremidades da fita penduradas até os ombros como flâmulas decorativas. Na Royal Navy o recorte era formado por um arco sobre a orelha esquerda, até o início do século XX, porém esse costume caiu em desuso fazendo-se amarrar uma pequena moeda na parte da frente para criar um destaque. Em tempos de guerra, como medida de segurança, muitas marinhas substituiram o nome do navio por um título genérico (por exemplo, "HMS" ou "Navio da Sua Majestade" como na Royal Navy da Inglaterra ou "Armada" como na marinha da Espanha). A tampa até então podia ser embelvada (embelezada) com uma medalha de condecoração, broches ou outro acessório. As tampas sem esses tipos de adorno começaram a ser usadas já nos meados do século XIX.
O tipo mais rígido de chapéu de marinheiro com um pico largo e plano também é conhecido como Plataforma Reta (referindo geralmente a um tipo de cobertura do uniforme de marinheiro) a Pork Pie Hat - Chapéu Torta de Porco (não deve ser confundida com o Chapéu de Torta de Carne de Porco conhecido como Pork Pie Hat Wearers - no Brasil é conhecido como chapéu chato). Até porque, originalmente essa cobertura era caracterizada como chapéu de mulher e por isso, recebeu o nome torta de carne de porco por causa se sua semelhança com a iguaria culinária.
Chapéu Torta de Carne de Porco - Pork Pie Hat Wearers
Até depois da Segunda Guerra Mundial, era costume na maioria das marinhas usar uma capa branca removível sobre a tampa azul escuro, apenas em condições tropicais ou de verão. Isso foi mantido, mas era geralmente um item formal a ser vestido, onde a capa branca era usada o ano todo. A ideia de usar uma capa branca não era meramente estética e sim funcional. Como a tampa era da cor azul escura era mais fácil esquentar a cabeça, e por isso, a capa branca fazia amenizar o calor. Já a versão da marinha alemã da tampa do marinheiro tem uma frente elevada em contraste com o topo plano favorecido pela Royal Navy.
Tampa de Marinheiro do Império Alemão
A tampa do marinheiro foi introduzida pela primeira vez em setembro de 1811 como parte do uniforme da Marinha Imperial Russa (chamada o chapéu em russo de Sangrador, era um chapéu sem pala), inicialmente utilizada pelo Exército Imperial Russo onde foi feita uma pequena modificação para uma frota da marinha russa, que diferente das tampas modernas ainda não tinha a fita e sua cor era verde escuro, e acabou disseminando por todas as fileiras da marinha russa deste período tornando-se parte integrante dos uniformes do estilo militar naval. A partir de meados do século XIX, as tampas começaram a ser feitas bordas brancas e estreitas e as fitas só apareceram na Marinha Russa oleados nas coberturas em 1857 em fitas amarelas, feito com mascaras recortadas a mão e pintadas as fitas de preto para aparecerem os números destacados em amarelo. Mais tarde a frota russa introduziu a tampa na cor preta com uma fita aplicada o nome da tripulação naval ou do navio nas coberturas dos marinheiros.
A versão da tampa na Marinha Francesa tem como sua principal característica seu pompom vermelho em cima que foi adotado em 1848. Usado inicialmente como uma alternativa de serviço ordinário para o chapéu de couro formal com o lado virado para cima, a tampa sobreviveu como um item de vestimenta até os dias de hoje. A Marinha belga adotou o mesmo padrão de chapéu, mas com pompom azul claro e fitas à direita, em 29 de março de 1939.
Já os marinheiros da Marinha dos Estados Unidos, usam um chapéu de lona branca com uma borda vertical, muitas vezes referido como um "copo Dixie" conhecido como em outros locais como "chapéu plano", o nosso caxangá. A versão da Marinha americana do chapéu de marinheiro azul descrito acima, foi incorporado pela primeira vez em 1852. Geralmente era substituída pelo caxangá de trabalho durante a Segunda Guerra Mundial, a tampa continuou a ser incorporada ao uniforme naval, mas raramente usada até ser formalmente retirado em abril de 1963. Este chapéu também era usado pelos marinheiros da marinha polonesa antes de 1939 - era chamado de "amerykanka" ("chapéu americano") ou "nejwihetka" (derivado da frase inglesa "chapéu da Marinha"). O Pie Pork Sailor, ou Sailor Cap foi deixado de ser usado pelos marinheiros dos Estados Unidos por que não gostavam de ser caçoados como "chapéu do Pato Donald" - coitadinhos!!!
Na Royal Navy a marinha inglesa, a tampa ainda é muito difundida e mesmo nos dias de hoje é um símbolo presente e marcante no uniformes e em todo o sistema de comunicação da força naval da Grã-Bretanha.
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CHAPÉU DE PALAS: Conhecido como CHAPÉU DE PÁ ou CHAPÉU ABAS LARGAS
em inglês Shovel Cap
O chapéu de palas é um estilo de cobertura anteriormente associado ao clero anglicano particularmente das arquidioceses e bispos da Inglaterra. O chapéu era geralmente feito de pelo de castor preto e tinha uma coroa baixa e arredondada com uma aba larga projetando uma curva semelhante a uma pá na parte frontal e traseira e também nas laterais. Parecido com o tricórnio ele foi desenvolvido como os chapéus de abas largas que era comum na moda do século XVII.
Junto com avental do bispo e as polainas o chapéu de pá era um acessório bastante reconhecível para o clérigo sênior anglicano no século XVIII até ao final do século XIX, embora também fosse usado por pároco (parson) e figuras menos importantes da igreja. Já em meados do século XIX era visto como algo tradicionalista e antiquado onde Thomas Carlyle filósofo e escritor satírico escocês cunhou o termo "shovelhattery"- chapéu de pá - ocasionalmente para atacar a ortodoxia baseada na igreja da Inglaterra. Já o termo "abas largas" ocasionalmente usado para descrever os clérigos anglicanos no século XIX (particularmente o partido evangélico) também era um chapéu de pá. Portanto, nunca foi utilizado por exércitos ou por piratas, já que representava uma identidade eclesial.
William Alexander , Arcebispo de Armagh, caricatura de 1895, vestindo um avental de bispo, polainas e chapéu de pá de coroa baixa.
Padres na França por F. Mivoz em 31 abril 1864 - O padre acima com um chapéu de pala
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QUEPE: Confundido com BONÉ PONTUDO é conhecido como CHAPÉU DE SOLDADINHO DE CHUMBO
em inglês Kepi
Etimologia
Este nome vem do alemão suíço käppi que era diminutivo do alemão Kappe "um boné" que é oriundo do latim cappa "capa, boné" sendo um empréstimo germânico para o Antigo Inglês caeppe "capuz cobrindo a cabeça", tendo a sua possível origem o encurtamento do latim capitulare "headdress" algo como cobertura ou touca (em inglês). Com isso, a raiz latina vem de caput "cabeça" sendo kaput a raiz errônea Alemanni (tribo germânica do Alto Rio Reno) da palavra latina que aparentemente significava originalmente "cobrir a cabeça de uma mulher". Com o tempo o termo passou a ter outro sentido para "capa" significando "cobrir a cabeça" ou "encobrir" e até era referência para "vestimenta eclesiástica", porém na maioria das línguas românicas o diminutivo de cappa tornou-se usual para identificar o uso de "encobrir a cabeça" - como capelão do francês.
Já o termo figurativo de boné de 1839 (considerado o termo como tampão até 1650) era palavra pouco usual já em 1400 referenciando a uma "capa ou cobertura" com o sentido literal de "colocar uma tampa". O sentido completo de identificar o ato de colocar algo na cabeça (boné) só começou a consolidar em 1580. Por isso, existem tantas divergências ou variações de nomes para referenciar um objeto figurativo (sentido ornamental, decorativo, ou distinção e hierarquia) para colocar em cima da cabeça - vulgo e usual: Chapéu.
Etimologicamente o termo é um empréstimo do francês képi, da versão reformulada germânica do Alemanni, forma diminutiva para boné. Na Europa essa cobertura é comumente associada a uniformes militares e policiais franceses, embora ele fosse amplamente usado em outras versões por outros exércitos durante o final do século XIX e início do século XX.
Quepe da Schutzstaffel usado pelos nazistas
O quepe era parte do uniforme Francês no século XIX era a cobertura mais comum, seu predecessor apareceu originalmente durante a década de 1830 na ocupação da Argélia com uma série de coberturas leves de tecido em forma de cano moldado passou a ser chamado de casquette d'Afrique (casquete da África). Eles foram planejados como alternativa ao pesado e desajeitado shako feito de couro e coberto com tecido para enfrentar o calor escaldante da Argélia. O regimento de infantaria adotou o quepe em detrimento do shako sendo usado apenas para desfiles e cerimônias militares. Em 1852, uma nova capa feita de pano foi introduzida para campanha e folga chamado de bonnet de police à visière ( Chapéu de policial com viseira) dando o primeiro modelo adequado ao quepe. A aba da viseira era geralmente em forma quadrada sendo referenciada como "bec de carnad" (bico de pato), sem a cinta de queixo, já os posteriores reduziram o tamanho da tampa e introduziram a cinta para prender no rosto e adicionaram fechos.
O quepe tornou-se conhecido fora da França durante a Guerra da Criméia (1853-1856) e foi posteriormente adotado nos exércitos de vários países em diversos formatos ( incluindo Estados Unidos e Rússia). Antes era apenas um boné de beisebol (não oficial) para os soldados americanos, quando em 1861 deflagrou a Guerra Civil Americana e foi usada por ambos os lados do conflito ficando geralmente o quepe associado a esse episódio nos Estados Unidos.
Quepe dos generais George Brinto McClellan e Irvin McDowell
Os oficiais americanos faziam uma cópia do quepe francês contemporâneo, tinha o topo afundado e uma viseira quadrada. Foi chamado frequentemente de tampão McClellan - comandante da União do Exército do Potomac. Já os oficiais de campo eram coberturas decoradas em estilo francês com faixa de veludo escuro ao redor da base e uma trança de seda preta na coroa. O quepe também era popular em várias unidades estaduais com adereços na cabeça, não pode ser confundida como o capuz forrageiro do general Thomas Jonathan "Stonewall" Jackson. Normalmente o quepe confederado era simples, cinza feito de lã ou lã de brim, para economizar ainda mais eram feitos de lona alcatroada. Seu uso nas forças armadas vai até a Segunda Guerra Mundial e uma linha moderna até o período da Guerra na Fria feita com engorduramento para engomar pesadamente o tecido, porém foi substituído pelo boné de beisebol durante a Guerra do Vietnã. A cobertura de patrulha do exército americano foi introduzido na década de 1980 e mantido nos uniforme com camuflagem padrão até os dias atuais.
Voltando em 1870 as tropas francesas mobilizada para a Guerra Franco-Prussiana recusaram a usar os shakos que foram ordenados. Então o imperador Napoleão III aboliu o shako da infantaria substituindo de vez o quepe em 30 de julho do mesmo ano. Somente em 1876 é que apareceu um quepe com a viseira arredondada já que a viseira quadrada entortava quando molhada ao secar. Já o modelo usado na Primeira Guerra Mundial era o padrão de 1886 que tinha forma mais enxuta e incorporando saídas de ar. No ano de 1900 tornou-se a cobertura padrão da maioria das unidades do exército francês. Ele apareceu em estilo de gala com endurecimento de interno e plumas ornamentais e bola ornamental para as fileiras oficiais em ouro e prata trançadas no quepe. A cavalaria usava normalmente o shakos ou capacetes em pluma, reservando o quepe para ser usado em campo, fora da montaria em barracas. Os oficiais usavam ( e continuam usando para fins cerimoniais) os quepes com bordados de folhas de carvalho ao redor da banda.
Em 1914 a maioria dos soldados franceses usavam os quepes na guerra, mas com cores altamente visíveis foram escondidas por capas azul-acinzentado seguindo o padrão de cor da Legião Estrangeira que mudava a cor dos uniformes de acordo com o ambiente. Na França o quepe nunca foi adotado na Marinha ou posteriormente na Força Aérea. Com o tempo o quepe foi readaptado em 1939 a Legião Estrangeira adotou o branco para todas as ocasiões e tornou o mais alto que o tradicional e mole inadequado em tempos de guerra. Em 1940 raramente era usado, exceto por oficiais.
Em 1991 com a Guerra do Golfo que fez acabar com o recrutamento na França confiando apenas no alistamento voluntário levou adoção de vários itens tradicionais de vestuário para atrair jovens e rememorar toda a sua história. O quepe agora é utilizado por todos os escalões na maioria das unidades do exército incluindo os notáveis quepes da Legião Estrangeira Francesas cujo os membros são chamados de "Quepes Brancos." Outras cores são inseridas nas outras unidades do exército como mera diferenciação de função.
No Brasil o quepe foi introduzido com a vinda da família real portuguesa para o Brasil pela Brigada Real da Marinha dos Fuzileiros Navais. Assim como em outros países eles vieram de origem francesa para o Brasil, com algumas modificações do quepe original francês.
O quepe também continua sendo usado por não militares como maquinistas de trem, motoristas particulares, porteiros de hotel, aviadores, dentre outros em sua versão mais moderna.
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BONÉ DE PICO: Erroneamente chamado de QUEPE é um BONÉ PONTUDO, PONTIAGUDO ou de PALA
em inglês Peaked Cap
O boné pontudo, pico, ou de pala, assim como no Brasil é referenciado errado na língua inglesa como: touca forrageira, cobertura de quartel ou touca de combinação são formas variadas para referencial a mesma cobertura utilizada por forças armadas de muitas nações, bem como organizações e agências de segurança pública e corpo de bombeiros.
O boné pontudo originou-se no inicio do século XIX no norte da Europa geralmente usado por homens da classe trabalhadora. Nos últimos anos das Guerras Napoleônicas, começou a ser introduzido nos altos escalões dos exércitos russo e prussiano, sendo popular por causa do seu conforto e peso leve diferente dos bicornutos e shakos incômodos que eram mais uma questão de estilo e padrão do que funcionalidade. Durante o Período Biedermeier (1815-1848) - estilo artístico da classe média na Europa Central - eles se tornaram trajes universais para homens civis alemães e austríacos de todas as classes durante o século XIX popularizando em todo norte da Europa exceto na Grã-Bretanha.
Em 1846, o Exército dos Estados Unidos adotou o boné de pico durante a Guerra ao México trocando o inadequado shako em clima quente em solo mexicano. Em 1856, uma espécie de boné pontiagudo foi adotado por uma pequena unidade da Royal Navy que foi incorporado pelo exército britânico o boné pontudo em 1902 como parte do uniforme de campo, no mesmo ano o exército americano adotou em incorporando a cobertura totalmente no exército somente em 1917. Durante o século XX a combinação do boné de pico como cobertura tornou-se padrão comum em várias forças armadas no mundo em favor de uma cocar mais prático de uso.
Na Alemanha foram utilizados pela primeira vez por tropas da Landwehr (Exército Nacional) durante as Guerras Napoleônicas, uma vez que eram mais baratas e fáceis de manter do que o pesado shako feito de couro e elaborado com frisos usado pelo exército britânico, francês e russo. Sendo o exército prussiano o primeiro a adotar o boné pontudo junto com a sobrecasaca, para que os oficiais não colocassem uniformes de gala em campanha. As tropas alemãs por sua vez, foram usar o boné de pico na década de 1840 semelhante ao boné de marinheiro; no entanto, eles continuaram usando para diferenciar-se dos franceses que usavam o quepe. Somente na Segunda Guerra Mundial em 1935 é que os nazistas introduziram uniformes projetados para a era moderna da guerra mecanizada. O design básico incluía boné com pala permaneceu o mesmo que no Reichsheer em Weimar. O novo emblema nacional com a a águia com suástica circundado com o preto-vermelho e branco em posição de coroa de carvalho nas capas. Na Gestapo e SS foram emitidos com Schirmmützen (uniformes de Heer) preto com um cabeça de morte em prata.
Antigo boné de pico da Schirmmützen (antes de 1989) e a versão moderna da Bundeswehr a direita
No Reino Unido foram introduzidos na década de 1820 para substituir o chapéu bicórnio e tricórnio, considerados agora antiquados da era Napoleônica. Na era Vitoriana a trança em ouro foi adicionada para garantir que os oficiais fossem imediatamente reconhecidos pelos subordinados. Os superiores como almirantado tinham duas coroas de ouro, enquanto os outros tinham apenas um. Inicialmente eram feitos de duas cores, um branco para o verão e um azul para o inverno, mas oficiais comissionados optavam pelo boné pontudo branco para destacar dos subordinados.
Boné do oficial da Marinha britânica do regulamento de 1840
Os oficiais britânicos do exército já usavam bonés de beisebol azuis na Guerra da Criméia para distinguir dos homens alistados que usavam chapéis comprimidos. As coberturas pontiagudas foram amplamente usadas durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, até que a boina mais prática foi popularizada por generais como Bernard Montgomery. Por fim vieram para substituir em 1908 os gorros Glengarry e o chapéu comprimido usado na era da Guerra de Boer. Oficialmente são utilizados os bonés pontudos com uma capa branca. No exército, o Regimento Real da Escócia voltou a usar o Gorro Glengarry com penas de galo que havia sido retirado do uniforme cerimonial real escocês. No Regimento Real Irlandês ainda vestem o Caubeen. Na brigada de Gurkhas usa-se a versão antiga do Balmoral chamado de Kilmarnock.
Brigadeiro Britânico Edward M. Flint usando gorro azul escuro com faixa vermelha
Nos Estados Unidos foi incorporado pelo Corpo de Fuzileiros Navais de duas formas. um com uma distintivo de águia e outro com o globo com a âncora. Os oficiais também usam um boné pontudo com uma cruz quadrifolhas uma tradicional distinção da fundação do Corpo de Fuzileiros Navais. O boné pontudo é usado junto com os uniformes em toda as Forças Armadas, incluindo a Guarda Costeira, Serviços de Saúde, Marinha Mercante, Corpo de comissionamento e uso civil, para agentes de segurança pública, bombeiros e alfândega.
Versão feminina do boné pontudo da Marinha Americana
A variante do uso civil do boné pontiagudo foi amplamente usada por marinheiros e trabalhadores do século XIX em diante, feitos de lona ou lã impermeabilizados com alcatrão era tradicionalmente um boné de pescadores gregos que foram incorporados a Marinha e na década de 60 tornou-se popular na contracultura por causa de John Lennon dos Beatles e estrelas do cinema norte-americano. Normalmente os policiais americanos usam o boné de pico octogonal ou hexagonal
Policiais de Nova York
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BARRETE FRÍGIO, JACOBINO, CAMPINO ou TRÁCIO: Chamado TOUCA ou CARAPUÇA
em inglês Phygian cap em francês Bonnet Phygian
Estátua romana do prisionéiro dácio com gorro frígio, século II
Embora fosse popular na Grécia no Período Helenístico e em todo o período do Império Romano esse gorro está presente desde a Antiguidade por vários povos da Europa Ocidental, Ásia e Oriente Médio, desde os trácios, dácios, persas, medos, citas, troianos e frígios por qual ficou mais conhecido, já que a representação mais antiga conhecida do barrete frígio está em Persépolis no Irã. O barrete iranico originou-se entre os nômades iranicos como os citas, medos e sármatas. Originalmente o gorro era pontiagudo e prático para a proteção em climas rigorosos carregando um significado cultural simbólico que atravessou a Anatólia e foi espalhado pelos frígios, já que eram fortemente influenciados pela cultura esterpe iranica do Império Aquemênio e Parta do Irã.
Este tipo de barrete foi usado no Período Helenistico no século IV a.C. que está vinculado a deidade frígia de Átis um daímon (divindade) da vegetação representando os frutos da terra a morte súbita no Inverno e a ressureição na Primavera. A Frígia era uma antiga região da Anatólia central que faz hoje parte da Turquia, que tornou-se usual a sua utilização pelos populares camponeses, cujo o barrete também aparece no lendário Rei Midas (aquele que tocava e transformava tudo em ouro) além de aparecer em figuras pintadas em cerâmicas e esculturas como o troiano Páris e usado pelos sincretistashelenistas e romanos para representar o deus salvador de origem persa,Mitra.
Escultura de Mitra, século I com o gorro frígio
Não há consenso entre os historiadores, mas alguns afirmam que o formato do gorro tenha se definido para honrar a Átis após sua castração, passando a assemelhar ao falo decepado, por isso tornou-se popular na Frígia. Curiosamente a visícula biliar também é chamado de barrete frígio ou gorro frígio devido uma variação anatômica congênita rara em virtude de sua dobra ou prega na proporção distal provocando disfunção erétil em homens, novamente ligando o gorro ao falo. Assim como a deusa frígia Cibelle, considerada a "Deusa-Mãe que simboliza a fertilidade da natureza" pelos Gallis, sacedotes eunucos adoradores da deusa que usavam gorros frígios para honrar a divindade, a visícula biliar e o falo eram símbolos de sua fertilidade.
Já em Roma foi usado por poetas romanos como epíteto de 'frígio' para referir-se aos troianos, o barrete frígio aparece também em esculturas como aColuna de Trajano, vestida pelosdácios, e sobre oArco de Septímio Severovestida pelosEspartanos. Ainda durante o Império Romano foi usado pelos antigos escravos que foram emancipados de seus mestres cujo foram considerados cidadões romanos onde foi usado o píleo em tributo a Libertas, a partir daí que ficaram associados como um símbolo de liberdade dentro do império.
A forma do barrete frígio ainda aparece nos elmos militares dosmacedônios,trácios, dácios enormandosdoséculo XIIpossuíam a ponta virada para frente para se assemelharem ao barrete frígio.
Escultura Macedônica do século II D.C. inscrito do grego antigo: ΑΣΤΥΑΝΑΞ ( Astyanax ) significa “ Senhor da cidade ”.
Durante o século XVIII, o barrete frígio ressurge como símbolo de liberdade e revolução na Guerra da Independência dos Estados Unidos da América no 4 de Julho de 1776. O gorro vermelho empunhado acima do mastro tornou-se um símbolo republicano (30/04/1789) em oposição a monarquia. Com a Independência americana seus ideais também foi a dotado pela Revolução Francesa (1789-1799) sendo um símbolo máximo republicano (2209/1792) do jacobinismopara os franceses na Tomada da Bastilha em 1789, fazendo parte atualmente do emblema nacional da França: Marianne usando um barrete frígio.
O barrete frígio desde a Antiguidade tornou-se um símbolo de liberdade e revolução contra a tirania e opressão demonstando a resistência como símbolo de independência e identidade atemporal, desde os Romanos, ao Iluminismo maçônico o barrete é um símbolo cultural que transcendeu culturalmente o tempo e a geografia. O íconico gorro na cor vermelha de luta e sangue evoca o espírito reacionário e subversivo.
O barrete frígio tradicionalmente é feito no formato cônico mais comprido que o píleo com a ponta arredondada que dá a dobra ou prega para o gorro feita nos mais diversos tipos de tecidos como feltro, lã ou gorgurão com gramatura mais grossa com ou sem cobertor de orelhas além de tiras ajustáveis para a cabeça. O gorro em vermelho-carmim ou vermelho-sangue está ligado diretamente a Independência Americana e a Revolução Francesa; desde o século XVI o barrete frígio era usado na iconografia em manuais numismáticos onde a figura de Libertas era retratado com um píleo ou barrete frígio, mas foi no Renascimento que a iconografia romana feita na Holanda tornou a inserção do cocar popular, inclusive aparecendo em gravuras inglesas e francesas a partir de 1789, popularizando sistematicamente a forma frígia como dominante.
O barrete frígio aparece em vários brasões de armas das repúblicas como Argentina, Cuba, El Salvador e Nicarágua, assim como passou a ser usado como símbolo de luta pela libertação e independência do autoritarismo e virou um símbolo de governo republicano para as democracias no mundo. Está presente no brasão de armas do Paraguai, no Estado de Nova York, no Selo oficial do Exército dos Estados Unidos. no Brasil ainda pode ser encontrado no brasão d'Armas dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além dos Estados do Acre, Amazonas, Bahia, Paraíba e de cidades como a do Rio de Janeiro, Viamão, Rio Claro e Maceió. O barrete esteve ainda presente nas antigas moedas mexicanas de oito reales durante o fim do século XIX e meados do século XX e nos escudos portugues da primeira metade do século XX. O gorro ainda é considerado um símbolo feminino nacional para o povo Ingush que é conhecido como Kurkhars.
Kurkhar
As personificações nacionais como a efígie francesa Marianne (Mariane na versão brasileira de 1896) ou a efígie americana Columbia são comumente retradas usando o barrete frígio, além de outros elementos da cultura pop como os personagens do desenho animado belga: Os Smurfs, que usavam barretes frígios brancos e seu líder um gorro vermelho, vivendo numa parte do mundo fictício encantado chamado, "Le Pays Maudit" do francês "O País Amaldiçoado" um trocadilho feito pelo seu criador Peyo, em referência a Bélgica que é uma monarquia constitucional.
Liberdade guiando o Povo (Marianne) por Eugène de Lacroix, 1830 celebrando a Revolução de Julho
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BARRETE, BIRRETA OU BIRETA: Erroneamente chamado de Capelo, Chapéu de Cardeal ou Bispo
em inglês Biretta
Barrete Papal
O barrete do latim: biretum, birretum é um gorro utilizado na edumentária litúrgica da Igreja Católica Apostólica Romana tradicionalmente usada pelo cléro católico e alguns clérigos anglicanos e luteranos.
Também chamado de barrete eclesiástico ou litúrgico, demonstra autoridade e juizado conferindo poder catedrático e de justiça. Antigamente o clérigo era obrigado usar o barrete nas confissões conferindo o significado ao sacerdote a posição um juiz para a confissão na absolvição de um penitente, imputando a responsabilidade de decisão com conhecimento de causa e parcimônia, por isso, ela ainda é uma peça ainda utilizada nas cerimônias de outorgação ou colação de grau por pessoas que possuem doutorado nas universidades pontifícias, como uma transmissão de responsabildiade e conhecimento ao seus graduados, mestres e doutores, assim como também era utilizado antigamente por juízes e advogados em tribunais no período antigo,assumindo a cor preta de sentença de morte.
Inicialmente foi usado por pedreiros-arquitetos, como uma espécie de capacete para proteger suas cabebeças, inspirados em domos (cúpulas ou abóbodas) porém os materiais que eram empregados não eram resistentes o suficiente para proteger suas cabeças acabou caindo em desuso por eles e transformando-se em um adorno de ostentação de uma classe social previlegiada (pedreiros-arquitetos) que mais tarde foi absorvido pela academia pontifícia. A sua forma original era mais parecido com um solidéu como conhecemos atualmente, a forma quadrada foi absorvida por influencia dos juízes romanos no exercício da usa função para demonstrar autoridade.
Embora a origem do barrete seja incerta, pois só foi mencionado no século X em centros acadêmicos da Alta Idade Média, sendo o ancestral do capelo moderno usado hoje em universidades seculares. O barrete se tornou vestimenta eclesiástica amplamente aceita depois do Sínodo de Bérgamo em 1311, ordenando que o clero usasse o em suas cabeças à maneira dos leigos, removendo a cobertura do galero cardinal, ou seja, era uma cobertura comum naquele período, usado por essas pessoas comuns (pedreiros-arquitetos). As primeiras formas de barrete não ostentava o topete ( borla ou pompom) que foi adicionado neste dispositivo muito mais tarde.
Para a Igreja o barrete tem como sentido mais amplo e profundo. Representa o suporte (abóbada) que é sustentado pelo Criador, o Firmamento Celeste, de tradição hebraica significando: suporte ou expansão, extensão e amplidão, designando claramente uma referencia ao céu, firmamento ou ao universo. A forma quadrada do barrete representa a perfeição da Terra, e os pontos cardeias (Norte, Sul, Leste e Oeste), e os picos ou palas símbolizam os quatro evangelistas que sustentam a fé (Lucas, Mateus, Marcos e João) todos centrados sem um topete ou borla (pompom ) simbolizando a presença invisível de Deus. Esta cobertura permaneceu apenas na Alemanha e na Holanda.
Molde para confecção de barrete tradicional
Atualmente o barrete litúrgico tem três picos (em referência a Santíssima Trindade) um dos cantos sem picos e deve ser usado o canto sem a pala do lado esquerdo da cabeça conforme a Enciclopédia Católica de 1913.
Atualmente o barrete é usado por todas filerias do clero, inclundo cardeais, bispos, porém está entrando em desuso por padres, diáconos e até seminaristas (que não são clérigos e estão em formação para serem ordenados) embora seja aconselhado pela Igreja o uso por padres especialmente para confissões.
Os cardeais usam o barrete vermelho escarlate feito de seda, sem borla no estilo mais tradicional possivel.
O barrete dos bispos e arcebispos é da cor amaranto com borla vermelho escarlate.
Os monsenhores usam a cor preta com a borla violeta.
Os cônegos também usam barrete na cor preta e a borla violeta e vermelho escarlate principalmente para catedrálicos de sedes cardinálicas.
Para os sacerdotes deve ser usados um barrete todo preto, com uso da borla.
O papa não faz uso do barrete, porém, o Papa Francisco foi o único Papa em uma única ocasião que apareceu usando um barrete na cor branca.
Existe uma variação espanhola do barrete de forma pontiaguda.
Há variações de barretes usados pelo clero anglo-católico anglicano por cônegos e reitores usando um barrete preto com pompom vermelho ou barrete vermelho e franja preta.
O barrete é uma variação do barrete da Cantuária (Canterbury cap) no período medieval que evoluiu para o barrete tradicional e raramente era usado, mas desde o início do século XX foi reintroduzido pelos anglicanos por ser considerado uma alternativa mais autêntica para o clérigo anglicano. O barrete da Cantuária é feito de um tecido mais flexível e macio em vez de ter cantos rígidos como o barrete tradicional.
Arcebispo Anglicano de York se encontra com o Bispo Católico de Roma
Inicialmente este tipo de cobertura era usado pelos pedreiros-arquitetos medievais por assemelhar-se a ferramenta chamada de Falcão (Hawk) que era feito de madeira com uma trava em x onde tinha um cabo de apoio. Essa ferramenta consiste em uma chapa plana quadrada presa com um apoio de pega para as mãos onde era preparado o emboço, argamassa ou gesso para ser aplicado com a desempenadeira ou trolha, como na imagem moderna da ferramenta abaixo:
Ferramenta Falcão de apoio para emplastos
Os historiadores sugerem que o barrete ou bireta é descendente desta ferramenta de obra para diferenciar os pedreiros-arquitetos que eram especialistas em trabalhar superfícies planas ou tinham habilidades especiais para trabalhar com emplastos de massas em detalhes e esculturas. Foi aos poucos sendo introduzido para o clérigo católico romano como sinal de trabalho, responsabilidade e paciência, inicialmente usado por professores e estudantes e modificando seu formato durante os séculos. Outros afirmam que seja alguma variante do píleo usado por leigos. O que se sabe é que foi encomendado pela primeira vez em 1311 pela Igreja Católica no Sínodo de Bérgamo, espalhando-se de lá como um padrão a ser usado e seguido pelos clérigo romano.
Embora não seja usual ou prevejam o uso do barrete dentro de rituais litúrgicos pelo clero católico romano, existe uma certa formalidade adequadas necessárias para usar tanto o barrete obedecendo a observância do rito, como:
1. Após paramentar-se para rezar, deve-se cobrir com o barrete.
2. Ao fim da entrada da procissão ao chegar no degrau do altar antes de fazer a vênia ou genuflexão tira-se o barrete e parmance sem para iniciar a Santa Missa.
3. Durante as leituras, enquanto estiver sentado, deve-se cobrir a cabeça novamente com o barrete.
4. Na Aclamação do Evangelho, independente de fazer a leitura ou haver outrem designado para fazer a proclamação do evagangelho, deve-se dispensar o barrete.
5. Cobre-se como o barrete novamente para fazer a homília.
6. Ao fim da homília retira-se o barrete permanecendo sem até o fim da Santa Missa.
7. Retorna a por o barrete quando sair do altar após fazer a vênia ou genuflexão para sair em procissão de saída.
Ao usar o barrete fora da Santa Missa, ou em outras situações litúrgicas como a ministrar os sacramentos, deverá observar as regras semelhantes descritas anteriormente, durante a entrada e a saída e quando estiver sentado durante a homilia com a cabeça coberta com o barrete. Ao tirar ou por o barrete o ministro deverá inclinar a cabeça para baixo e segurando com a mão direita pela pala e manterá o barrete na altura do peito ou entregar diretamente a quem o auxiliar durante a celebração podendo também deixá-lo sobre o assento quando houver.
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BARRETE ACADÊMICO, CAPELO CATEDRÁTICO , CAPELO ACADÊMICO OU CAPELO LÁUREO: Conhecido de várias formas como: Bireta Acadêmica, Birreta Acadêmica, Barrete Acadêmico, Capelo Acadêmico, Capelo de Graduação, Capelo de Bacharel, Chapéu Acadêmico, Chapéu de Formatura ou Chapéu de Colação de Grau
Esta cobertura tornou-se símbolo indispensável no vestuário acadêmico junto à beca. Acredita-se que tenha se desenvolvido concomitantemente com barrete usado pelo clérigo católico romano vindo também do píleo. O seu formato assemelha-se muito com a ferramenta chamada de Falcão (Hawk) usada por pedreiros-arquitetos da Antiguidade.
Foi incorporado nas universidades medievais como parte da cerimônia para a titulação de um Mestre ou Doutor recebendo além do diploma a outorga a imposição do barrete, que era frequentemente dado como um símbolo de reconhecimento à erudição da pessoa homenageada e ganhavam a cobertura, como símbolo de conquista, por isso, ficou conhecido na Antiguidade como Capelo Catedrático.
Universidade de Oxford, chanceleres a caminho da cerimônia, 1852.
Com o tempo tornou-se parte do uniforme habitual dos graduados universitários em grande parte do mundo contemporâneo, seguindo o costumes introduzidos pela universidades européias sendo adotado por quase toda a Europa e difundido seu uso pelo mundo através dos ingleses segundo suas afirmações.
A partir dos séculos a bireta, birreta ou barrete acadêmico virou um padrão quase universal.A palavra biretta vem do latim que é uma palavra derivada do latim medievalbirretum do latim tardio birrus"grande capa com capuz", que talvez seja de origem gaulesa, ou do grego antigo: pirro πυρρός, pyrrhos "cor de fogo, loiro-ruivo". Já o capelo vem do latim medieval capellus "enfeite ou proteção à cabeça", derivado diminutivo do latim tardio cappa "proteção de cabeça, certo tipo de casaco com capuz; capa" segundo Antenor Nascentes, vindo para o portugues por influência do italiano cappello, que designa qualquer tipo de cobertura, sendo chapéu ou capuz, não designando especificadamente o tipo ou forma de cobertura usada, já que é uma referência genérica para qualquer chapéu, por convenção acabou que o nome capelo virou mais usual para o barrete acadêmico.
Esta cobertura ainda teve uma reinvenção tardia conhecida como o capelo Bispo Lancelot Andrewes.
O capelo é semelhante ao capelo acadêmico exceto por não ter uma pala rígida na aba tablada superior sendo feito de um material mais macio e flexível como feltro ou veludo. No original tem uma corda com franja em uma das pontas, já no Capelo Andrewes omite-se este adorno colocando no topo da cobertura um tombo de pompom em forma de guirlanda de seda ao centro. Este tipo de capelo é prescrito no traje acadêmico de Doutorado em Divindade (Teologia) na Universidade de Cambridge além de traje oficial de certas sociedades científicas britânicas como a Burgon Society.
O uso do capelo modernamente iniciou-se para os doutores das universidades ponfícias, ordenados ou leigos, a fim de marcar dignamente seu esforço aos estudos para tornar-se catedrático. As cerimônias de formatura em ambientes acadêmicos eram somente para as quatro disciplinas eclesiáticas (Filosofia, Teologia, Direito Canônico e das Sagradas Escrituras) tendo como barrete dourado conforme a norma doCodex Iuris Canonicide 1917que foram atualizadas no Código de Direito Canônico de 1983, fazendo com que seu uso fosse facultativo, sem a obrigatoriedade da preocupação com os trajes acadêmicos, especialmente aceitável para padres católicos irem estudar em outras instituições e universidades não católicas. O típico barrete acadêmico quadrilatero com apenas um debrum colorido apropriamente empregado para distinguir os que obtiveram doutorados em instituições não pontifícias ou não católicas. As cores do debrum de doutorado por universidades eclesíásticas utiliza como a cor padrão preta, símbolo de humildade e retidão com um debrum colorido correspondendo a graduação escolhida:
Vermelho para o Doutorado em Teologia (STD)
Verde para o Doutorado em Direito Canônico (JCD)
Azul para o Doutorado em Filosofia (Ph.D.)
Laranja para o Doutorado em Ciências Sociais (HED, SICD)
Unificando ao mesmo tempo em diferentes universidades práticas que eram diferentes em relação não só a cor de referência da graduação, mas também do estilo do próprio barrete que não era uniforme. Um autor de mais de um século atrás, relata que as universidades romanas davam barrete de doutorado em seda preta com um tufo colorido de acordo com a disciplina acadêmica e dependendo da região da Pontifícia Universidade Católica da America, já o barrete tradicional na Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino conhecida como Angelicum, era branco correspondendo ao hábito branco dominicano. Assim a Angelicum passou a adotar somente em maio de 2011 o barrete preto com as respectivas cores instituídas, embora usem o barrete preto trilátero com debrum nas respectivas cores apropriadas na guarnição semelhante aos que recebem o grau de licenciatura em Teologia, Direito Canônico, Filosofia e Ciências Sociais.
Embora existam algumas variações entre universidades o capelo de bacharel só foram comumente usados a partir do século XIX sendo que o título da graduação não pode ser discernido apenas pelos trajes da beca e do barrete. É quase uninimidade o uso do barrete acadêmico na cor preta, embora existam instituições mundo a fora que utilizam suas cores institucionais ou tenham regras próprias ou seu próprio sistema de códigos de cores para designar aos seus graduados. Na América por exemplo, são contra ao Código Intercolegial que só permite a cor preta para bachareis, assim como o capelo na cor branca que indica um Bacharel em Artes, ou amarelo dourado para Bacharéis em Ciências, ou rosa para diplomados em Bacharel em Música e assim por diante.
Capelo do Corpo Docente de Oxford feminino cerca de 1935 da Cotrell & Leonard, conhecido como Capelo Erasmus.
Como destaque devemos notar que o capelo é historicamente derivado do pileus quadratus, ou seja, um pedaço de tecido dobrado e costurado no topo de forma quadrilátera. Assim na igreja primitiva cristã derivou-se evoluindo para o barrete e para o capelo acadêmico aceito como parte do corpo docente da maioria das universidades europeias composta por membros do clero e docentes universitários usado mundo afora. Isso significa que tradicionalmente falando deve se usar o capelo acadêmico e não a tampa O`Shanter como normalmente algumas instituições de ensino britânicas usam, sendo de seis a oito faces. Porém este não é o único tipo de cobertura usada em cerimôniais acadêmicos, também é usado o laurel como forma de condecoração.
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LAUREL:
em inglês Laureu wreath,
Uma coroa de louros é um símbolo de triunfo, uma coroa feita de galhos e folhas conectados do louro ( Laurus nobilis ), uma aromática folha larga perene. Mais tarde, também foi feita de vassoura de açougueiro sem espinhos ( Ruscus hypoglossum ) ou louro cereja ( Prunus laurocerasus ). É usada como um terço ao redor da cabeça, ou como uma guirlanda ao redor do pescoço.
Coroas e coroas na antiguidade , incluindo a coroa de louros, remontam à Grécia Antiga . Na mitologia grega , o deus Apolo , que é patrono da poesia lírica , da performance musical [ a ] e do atletismo baseado em habilidades, é convencionalmente retratado usando uma coroa de louros na cabeça em todos os três papéis. [ citação necessária ] As coroas eram concedidas aos vencedores em competições atléticas, incluindo as antigas Olimpíadas ; para os vencedores no atletismo, eram feitas de oliveira selvagem conhecida como " kotinos " ( κότινος ), [ 1 ] (sc. em Olímpia ) - e o mesmo para os vencedores de competições musicais e poéticas. Em Roma, eram símbolos de vitória marcial, coroando um comandante bem-sucedido durante seu triunfo . Enquanto as antigas coroas de louros são mais frequentemente retratadas em forma de ferradura , as versões modernas geralmente são anéis completos. [ citação necessária ]
No uso idiomático moderno comum , uma coroa de louros ou "coroa" refere-se a uma vitória. A expressão "resting on one's laurels" refere-se a alguém que confia inteiramente em sucessos passados para fama ou reconhecimento contínuos, enquanto "look to one's laurels" significa ter cuidado para não perder posição para a competição. [ 2 ]
Apolo, o patrono do esporte, é associado ao uso de uma coroa de louros. [ 3 ] Essa associação surgiu da antiga história da mitologia grega de Apolo e Dafne . Apolo zombou do deus do amor, Eros (Cupido), por seu uso de arco e flecha, já que Apolo também é patrono do arco e flecha. O insultado Eros então preparou duas flechas — uma de ouro e uma de chumbo. Ele atirou em Apolo com a flecha de ouro, incutindo no deus um amor apaixonado pela ninfa do rio Dafne . Ele atirou em Dafne com a flecha de chumbo, incutindo nela o ódio por Apolo. Apolo perseguiu Dafne até que ela implorou para se livrar dele e foi transformada em uma árvore de louro. [ 3 ]
Apolo jurou honrar Dafne para sempre e usou seus poderes de eterna juventude e imortalidade para tornar a árvore de louro perene. Apolo então fez para si uma coroa de flores com os ramos de louro e transformou Dafne em um símbolo cultural para ele e outros poetas e músicos. [ 3 ]
Em alguns países, a coroa de louros é usada como símbolo do grau de mestre . A coroa é dada a jovens mestres na cerimônia de formatura da universidade . A palavra " laureate " em ' poeta laureado ' se refere à coroa de louros. Por exemplo, o muito admirado poeta e filósofo florentino medieval Dante Alighieri é frequentemente representado em pinturas e esculturas usando uma coroa de louros.
Na Itália , o termo laureato é usado na academia para se referir a qualquer aluno que se formou. Logo após a cerimônia de formatura, ou laurea em italiano, o aluno recebe uma coroa de louros para usar pelo resto do dia. Essa tradição se originou na Universidade de Pádua e se espalhou nos últimos dois séculos para todas as universidades italianas. [ citação necessária]
Na Itália, uma coroa de louros (la corona di alloro) é dada aos formandos para celebrar suas conquistas acadêmicas. A tradição se originou na Universidade de Pádua e agora é comum em toda a Itália.
Como a tradição é celebrada?
A coroa é feita de galhos e folhas de louro
Geralmente é decorada com fitas e flores
O aluno usa a coroa pelo resto do dia após a cerimônia de formatura
O que a coroa de louros simboliza?
A coroa de louros simboliza excelência acadêmica
Também simboliza vitória, triunfo e conquista
Qual é a história da coroa de louros?
A tradição remonta à Grécia antiga, quando a planta de louro era sagrada para Apolo
A coroa de louros era usada na Grécia e Roma antigas para simbolizar vitória e conquista em atividades intelectuais
A palavra "laureado" vem da coroa de louros
O que significa "laureato"?
Na Itália, o termo "laureato" é usado para se referir a qualquer aluno que se formou
O termo "laureato" significa "coroado com louros"
De fato, não há capelos e becas para os formandos aqui. Em vez disso, os alunos usam coroas de louros no estilo grego, feitas de folhas e galhos de plantas de louro interconectados, que geralmente são adornados com fitas e flores coloridas. A tradição remonta aos tempos antigos — e é predominante em toda a Itália.
Para alguns alunos, as cores das fitas ou flores de suas coroas de louros denotam sua concentração principal ou de grau. Fitas vermelhas, por exemplo, são usadas por estudantes de direito. Verde escuro é reservado para alunos de biologia e farmácia. Azul significa graduados em medicina.
As raízes da coroa de louros remontam à mitologia grega antiga. Particularmente, o louro é associado ao deus grego Apolo, o deus patrono da poesia e da música. As coroas eram tipicamente usadas por atletas e músicos gregos antigos que competiam nos jogos Píticos — uma celebração quadrienal dedicada a Apolo que remonta a 586 a.C.
Mais tarde, os romanos se apropriariam da moda das coroas de louros. Na cultura romana, uma coroa de louros historicamente representava triunfo e vitória. Ao longo dos séculos, a popularidade das coroas de louros se espalhou pela Europa. Dizem que tanto o general romano Júlio César quanto o comandante militar francês Napoleão Bonaparte gostavam de usar as coroas de folhas. Na Itália, a tradição da coroa de louros entre os alunos graduados se originou na Universidade de Pádua, no norte da Itália, e desde então se espalhou pelo país. As coroas de louros continuam sendo sinônimo de conquistas acadêmicas, artísticas ou científicas — e os alunos de outros países agora também as usam em suas formaturas. A influência da coroa também se infiltrou no léxico. Coincidentemente, o termo "laureado" em títulos bem conhecidos de "poeta laureado" ou "laureado Nobel" é uma referência à coroa de louros. O velho ditado, "descansar sobre o louro", é outra referência à coroa.
Escondida em uma pequena esquina em Urbino fica La Primavera di Galeotti, uma pitoresca floricultura familiar de propriedade de Diana Galeotti, de 33 anos. Atrás do balcão, Galeotti, que usava um longo vestido azul, embrulhou um buquê fresco para a mãe de uma graduada.
Sua loja apertada, que pode comportar talvez cinco ou seis pessoas por vez, transbordava de arranjos florais. Uma coroa de louros pronta, repleta de flores vermelhas, pendurada em um gancho de latão, esperando para ser retirada.
“O período de formatura é um momento muito intenso para o meu trabalho”, disse Galeotti, cujos pais abriram a floricultura pela primeira vez em 1962. “As coroas de formatura são um trabalho artesanal todo feito à mão, sob medida para o cliente, com base em suas preferências para personalizar a coroa.”
O fim do ano letivo é um momento frenético para a jovem florista. Ela, é claro, atende dezenas e dezenas de pedidos de arranjos florais, mas coroas de louros também são um grande negócio para Galeotti. Ela cria centenas de coroas de louros todo mês de junho e julho. Cada coroa é vendida a um preço inicial de 35 euros (US$ 39) e pode aumentar de preço com base na complexidade de quaisquer personalizações necessárias.
Galeotti, que sente uma conexão especial com sua clientela de estudantes, tem um orgulho especial em criar cada coroa de louros. Cada guirlanda, ela disse, normalmente leva de 30 a 45 minutos para ser construída e decorada do início ao fim. Galeotti dá vida a cada guirlanda entrelaçando folhas de louro em um formato circular e, em seguida, tecendo e prendendo flores ou fitas ao longo das folhas torcidas.
“Uma das coisas que mais me fazem feliz no meu trabalho é conhecer jovens estudantes que apreciam meu trabalho”, disse ela. Na praça ensolarada de Urbino, rolhas estouraram, prosecco foi servido e taças tilintaram enquanto um exército de formandos universitários usando coroas de louros brindavam sua formatura com familiares e amigos.
“Estou orgulhosa, grata e aliviada”, disse uma estudante universitária, Chiara Constantini, que também usou uma coroa de folhagens em sua formatura em 10 de julho. É costume na Itália, disse Constantini, delegar a um amigo ou membro da família a tarefa de colocar a coroa de louros na cabeça de um formando na manhã da cerimônia. O irmão de Constantini, ela disse, fez as honras para ela em seu dia especial.
“É especial — a pessoa mais próxima de você vai coroá-lo, então é algo fofo de fazer para incluí-los”, ela disse. “Essa tradição deve ser preservada, é parte de quem somos e é muito importante para mim.” Constantini, 21, que se formou em inglês e mandarim na Universidade de Urbino, planeja se matricular em um programa de mestrado na Universidade de Veneza, no entanto, seu sonho é dar aulas de italiano na China ou na América. O louro que Constantini usou no topo da cabeça no dia da formatura, ela disse, simboliza os primeiros passos de sua nova jornada. “É ótimo fazer isso com seus amigos. É um símbolo de todo o seu trabalho duro”, ela acrescentou.
No Connecticut College , nos Estados Unidos , os membros da classe júnior carregam uma corrente de louros , pela qual os veteranos passam durante a formatura. Ela representa a natureza e a continuação da vida de ano para ano. Imediatamente após a formatura, as meninas juniores escrevem com os louros seu ano de classe, simbolizando que se tornaram oficialmente veteranas e que o período se repetirá na primavera seguinte. [ 4 ]
No Mount Holyoke College em South Hadley, Massachusetts , EUA, o louro tem sido um elemento fixo das tradições de formatura desde 1900, quando os alunos que se formavam carregavam ou usavam coroas de louros. Em 1902, a corrente de louros da montanha foi introduzida; desde então, a tradição tem sido que os veteranos desfilem pelo campus, carregando e ligados pela corrente. O louro da montanha representa o louro usado pelos romanos em coroas e coroas de honra. [ 5 ]
No Reed College em Portland, Oregon , Estados Unidos, os membros da classe sênior recebem coroas de louros ao submeterem suas teses de conclusão de curso em maio. A tradição vem do uso de coroas de louros em competições atléticas; os veteranos "cruzaram a linha de chegada", por assim dizer. [ 6 ]
Na Escola St. Mark em Southborough, Massachusetts , os alunos que concluem com sucesso três anos de uma língua clássica e dois da outra ganham a distinção do Diploma de Estudos Clássicos e a honra de usar uma coroa de louros no Dia do Prêmio. [ citação necessária ]
Na Suécia , aqueles que recebem um doutorado ou um doutorado honorário em disciplinas tradicionalmente abrangidas pela Faculdade de Filosofia (ou seja, filosofia, línguas, artes, história e ciências sociais, bem como ciências naturais), recebem uma coroa de louros durante a cerimônia de outorga do grau. [ citação necessária ]
Um cappello romano (pl. cappelli romani ; italiano, 'chapéu romano') ou saturno (pl. saturni ; porque sua aparência lembra o planeta Saturno ) é um chapéu clerical com uma aba larga e circular e uma coroa arredondada usado ao ar livre em alguns países pelo clero católico , quando vestido com uma batina .
Ao contrário de muitos outros artigos de vestimenta clerical , o cappello romano não serve a nenhum propósito cerimonial, sendo principalmente um item prático. (O galero é um chapéu cerimonial de aba larga que não é mais usado normalmente. No entanto, em 19 de fevereiro de 2011, Raymond Cardinal Burke se tornou o primeiro cardeal nos últimos tempos a usar [para uma única foto] o galero.) [ 1 ] O cappello romano não é usado em serviços litúrgicos . Desde o abandono geral da batina como vestimenta de rua [ citação necessária ] , é incomum até mesmo em Roma hoje. No entanto, foi bastante popular lá e em alguns outros países com uma população de maioria católica do século XVII até por volta de 1970.
Descrição
O cappello romano é um chapéu redondo, de aba larga e copa baixa, feito de pele de castor , feltro ou palha e forrado de seda branca .
Existem algumas diferenças, a maioria pequenas, nos designs dos cappelli, dependendo da posição do usuário:
O papa pode usar um cappello vermelho com cordões dourados. [ 2 ]
Os cardeais podem usar um cappello preto com cordões vermelhos e dourados e forro escarlate. Eles também tinham o privilégio de usar um cappello vermelho. No entanto, essa regra foi anulada pelo Papa Paulo VI , e agora os cappelli dos cardeais são pretos, assim como os de todos os outros clérigos.
Os bispos podem ter um cappello preto com cordões verdes e dourados e forro violeta.
Um padre pode usar um cappello preto com forro preto.
Os cappelli romani para diáconos e seminaristas não têm características distintivas
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CHAPÉU COMPRIMIDO: CHAPÉU CAIXINHA DE PÍLULAS
em inglês Pillbox
Em pesquisa
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CAPUZ FORRAGEIRO:
em inglês Forage Cap
Em pesquisa
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CARAPUÇA:
em inglês Carapace
Em pesquisa
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BONÉ DE MARINHEIRO:
em inglês Sailor Cap or Greek Fisherman's cap
Em pesquisa
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BOINA:
em inglês Bonnet
Em pesquisa
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BARRETE FRÍGIO
em Inglês Phrygian Cap
Em pesquisa
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VELHO GORRO IRLANDÊS
em Inglês CAUBEEN
Em pesquisa
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BONÉ SHAKO: CONFUNDIDO COM O BONÉ ou QUEPE
em Inglês Shako Cap
O shako é uma cobertura militar geralmente com viseira de aba curta de forma cilíndrica as vezes afunilado ao topo dependendo da instituição militar. Geralmente o costume é adornar com algum emblema decorativo metálico em posição de chefe na cobertura. Alguns modelo tem penas ou pompons como timbre.
De origem húngara foi inicialmente usado como parte do uniforme da Hussardo - cavalaria - no século XVIII. A partir de 1800 o Shako tornou-se popular e virou uma cobertura militar comum pela maioria dos exércitos na Europa e Américas. Muitas vezes veio para substituir os chapéus bicórneos sendo considerado uma melhoria para então recentes infantarias.
Confeccionado de feltro pesado e couro mantinha alguma proteção a cabeça dos soldados enquanto o visor protegia os olhos do sol ou estilhaços de bombas. O Shako permaneceu presente e predominante até o século XIX quando os capacetes alemães cravados começaram a aparecer no exército prussiano que influenciou vários estados alemães e por fim foram substituídos pelo quepe tornando mais prático.
O Shako tinha impressionante aparência até meados do século XIX adicionando altura a imponência ao militar, porém era algo pesado e fornecia pouca proteção contra o mau tempo, na maioria das vezes era feito de tecido e feltro com um corpo revestido com couro. Muitos exércitos contra-atacaram usando coberturas impermeáveis projetadas para proteger o Shako e o usuário além dessa capa para manter o seu Shako intacto ainda utilizava uma pesada capa de chuva durante a campanha. Não justificava usar uma cobertura que oferecia pouca proteção diante a ação inimiga e apenas oferecia alguma proteção parcial na cabeça caso levasse golpes de sabres da cavalaria inimiga. Após as Guerras Napoleônicas num período de paz os exércitos europeus usavam o Shako mais como um cocar vistoso adequado para o campo de parada, e virou símbolo mais de poder militar que efetivamente uma proteção sendo que os oficiais da regência Exército Britânico tinham até os cordões ornamentados com ouro por volta de 1822, como na imagem do Coronel George Anthony Legh Kech num retrato de 1851.
Reencenação da infantaria britânica de 1815, com infantaria de linha usando o shako belga, seguida por infantaria leve usando o estilo "stovepipe" anterior.
O shako "stovepipe" era um tipo alto e cilíndrico com um crachá de latão preso à frente.O stovepipe foi usado pela infantaria do exército britânico por volta de 1799, e seu uso foi continuado até o final da Guerra Peninsular.A partir de então, foi usado apenas pela infantaria ligeira.
O shako "belga" era um shako de feltro preto com uma frente erguida introduzida nos fuzileiros navais portugueses em 1797 e depois no exército português em 1806, como a barretina .Mais tarde, foi adotado pelo exército britânico, substituindo oficialmente o shako stovepipe em 1812, mas não foi introduzido completamente até 1815. O shako belga foi decorado com rendas de prata ou ouro para os oficiais, de acordo com a prática do regimento.[4][5]
O kiwa (também kiver ) era um estilo de shako introduzido no Exército Imperial Russo em 1812;Sua característica distintiva era o topo côncavo ou côncavo.[6] Este estilo de shako foi usado pelos Brunswickers negros ao lado de shakos do padrão austríaco.[7]
O shako era um tipo grande e elaborado que se popularizou nas décadas de 1820 e 1830, quando houve pouca guerra entre as principais potências européias e a praticidade no campo de batalha tornou-se menos importante do que a aparição no campo de batalha.Ele apresentava uma coroa que se projetava para o topo, dando uma forma característica de sino, e era frequentemente adornada com cordões e plumas decorativos.[8]
O shako Albert foi um projeto britânico introduzido em 1844, que se destinava a ser mais prático do que os modelos anteriores.Ele apresentava uma coroa inferior que afunilava para dentro na parte superior e um segundo pico na parte de trás para proteger o pescoço do usuário do sol.É nomeado após o príncipe Albert, que supostamente projetou.Não era popular, e durante a Guerra da Criméia, em vez disso, usava-se um "boné de despir" redondo.Foi finalmente substituído por uma versão menor e mais leve, [9] mas o shako foi finalmente substituído pela maioria dos regimentos pelo capacete de serviço em casa em 1878. [10]
A infantaria nativa de Bengala do exército da Companhia Britânica das Índias Orientais usava uma versão do shako da parte superior do sino como descrito acima, embora sem um vizor ou pico.Freqüentemente retratado em ilustrações contemporâneas como sendo usado por sipaios amotinados durante a Grande Rebelião Indiana de 1857 , esse adereço foi na verdade substituído pelo chapéu de Kilmarnock dez anos antes.[11]
Período final de desgaste extensivo
Em 1914, o shako ainda estava sendo usado na França (por caçadores à cheval , infantaria da Guarda Republicana , caçadores de guerra e hussardos );na Alemanha imperial ( Jägers , Landwehr e fuzileiros navais);em Austro-Hungria (vestimenta completa de infantaria de linha não-muçulmana [12] e hussardos em vestimenta completa e de campo);na Rússia (vestidura de generais, oficiais de estado-maior e infantaria, engenheiros e artilharia da Guarda Imperial ).Na Bélgica, o shako era uma vestimenta oficial para infantaria de linha, caçadores à pistola , engenheiros, transporte / ambulância, administração, artilharia de fortaleza e montaria de caçadores, embora após a eclosão da guerra ela fosse geralmente descartada em favor do boné de "despir".Na Dinamarca, permaneceu como parte do traje completo dos Hussardos da Guarda);no México (vestimenta completa de tropas federais de todos os ramos);em Portugal (cadetes militares);na Romênia (vestimenta completa de artilharia);na Itália (artilharia a cavalo e academias militares);e na Espanha (infantaria de linha, cazadores , engenheiros e artilharia).A Infantaria Leve das Terras Altas e os Rifles Escoceses do Exército Britânico mantiveram pequenos shakos para se vestir e a Encyclopædia Britannica de 1911 afirma que havia planos para reintroduzir o shako como vestido de parada para todos os regimentos de infantaria ingleses, irlandeses e galeses - um projeto que foi interrompido pela eclosão da Primeira Guerra Mundial. Os exércitos suíço e holandês usavam shakos, até mesmo para uso em campo, até depois de 1916. O exército japonês usava o shako como cocar de desfile até 1905, embora uma forma de kepi de face alta tivesse sido a roupa normal.
Durante este período final de uniformes tradicionais elaborados e coloridos, o shako variou muito do exército para o exército em altura, cor, acabamento e perfil.Entre os mais distintivos destes foram o alto shako Napoleônico ( kiver ) usado pela Guarda Imperial Russa [13] e o modelo aerodinâmico ( ros ) do Exército Espanhol.A versão suíça tinha picos de couro preto na frente e na traseira - uma característica que também apareceu no cocar shako-like que foi usado por carteiros britânicos entre 1896 e 1910, e os policiais da Nova Zelândia do mesmo período.
A maioria das forças policiais alemãs adotou uma versão do Jäger shako, após a Primeira Guerra Mundial, que substituiu o capacete de couro cravado ( Pickelhaube ) que havia se identificado com o antigo regime imperial.Este novo cocar sobreviveu a várias mudanças políticas e foi usado pelas forças policiais civis da República de Weimar, Alemanha nazista, Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental.Ele finalmente desapareceu na década de 1970, quando as várias forças policiais da Alemanha Ocidental adotaram um uniforme fulvo verde e claro padronizado que incluía o boné pontudo que ainda é usado.
Nos EUA e nas Filipinas , os shakos são frequentemente usados por bandas civis e por bandos detambores .Neste último país, os cadetes de algumas instituições civis, como a Academia Nacional de Polícia das Filipinas [20], além de algumas faculdades e escolas de ensino médio também usam o shako, embora os estilos "bonés de serviço" tenham se tornado mais populares nos últimos anos.Esses estilos shako ainda em uso em bandas de marcha são geralmente bastante altos e têm plumas elaboradas.Por exemplo, na Universidade de Notre Dame, em South Bend, Indiana, a Guarda Irlandesa de kilt usa altos shakos de pêlo preto com plumas amarelas brilhantes, trazendo sua altura total de uniforme a quase 8 pés (240 cm) de altura.Estes shakos são típicos de majors de tambor de banda marcial, no entanto, o shako de guarda irlandês é único em seu tamanho, cor e design.
Em corpos de tambores e bandos de estilo do corpo de exército, a cinta de queixo raramente é usada sob o queixo;em vez disso, ele é usado logo abaixo do lábio inferior, no estilo de cadetes em West Point .
No Canadá, o shako é usado por voluntários em vários fortes históricos usando uniformes do século XIX.
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BARRETINA
em Inglês
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PILÉO
em Inglês Pileus
Em pesquisa
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TOUCADO: Também chamado de CASQUETE
em inglês Headdress
Este nome vem do Celta tauka que significa "abrigo de pano para a cabeça" era um termo já muito usado antes, pois havia o costume de usar touca para dormir, que era muito ilustrado nas figuras europeias do século XIX. O toucado é um tipo de chapéu feminino designado para adornos na cabeça e principalmente pela forma de penteado. Já o toucador, portanto é um móvel onde se faziam toucados onde as mulheres se penteavam, semelhante uma penteadeira. O toucador é um móvel com vários espelhos em ângulos acrescidos com gavetas. O toucado assim como a casquete são sinônimos de adornos femininos sendo que o toucado ter algumas singularidades:
Tradicionalmente era um chapéu em miniatura, sua origem era usado por mulheres virtuosas para substituir os imponentes e obstrutores chapéis de época.
Antigamente o toucado era um espécie de penteado com enfeites e arranjos nos cabelos como as penas, jóias, flores e podiam ter diferentes formas e tamanhos.
Basicamente o toucado hoje em dia é qualquer acessório feminino para enfeitar ou colocar sobre a cabeça, até chapéis tradicionais são considerados erroneamente como toucado. O casquete embora pareça um sinônimo para o toucado são coberturas bem distintas.
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CAPOTE AZUL: Também conhecido como Touca Escocesa
em inglês Blue Bonnet
Em pesquisa
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TRICÓRNIO
em inglês Tricorn
Em pesquisa
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TAM O'SHANTER: BOINA tradicional da chapelaria ESCOCESA ou TAMPA O'SHANTER
em Inglês Tam O'Shanter
O tam o'Shanter é um nome homônimo de um herói de um poema de Robert Burns em 1790. A boina escocesa utilizada pelo exército britânico, muitas vezes abreviada como ToS era usada pelo Highland (Alto Conselho) feita de lã tricotada a mão em uma só peça e esticada em um disco de madeira para dar forma plana e distinta a boina e posteriormente deixando virar a lã em feltro. As primeiras coberturas eram conhecidas como Capote Azul, obviamente na cor típica (azul) fabricadas na Escócia, até que em 1599 cinco fabricantes de chapelaria escocesa se uniram nas cidades de Edimburgo, Aberdeen, Perth, Stirling e Glascow para transformar no final do século XVI como uma moda masculina e serviçal e eles permaneceram vendendo em todo o século XVII.
Assim surgiram várias tipos de modelos de boinas comuns no noroeste da Europa durante o século XVI, tornando o Tam o'Shante distinto por ter uma bola de lã o toorie decorando na coroa. O nome para a boina não era comum até o século XIX, quando a popularidade do poema começou a ganhar destaque. O termo veio para denotar os regimentos militares escoceses, derivando do antigo gorro Glengarry e do gorro Balmoral. Como corantes eram precários até o início do século XIX, eles eram fabricados como cores facilmente disponíveis a partir de corantes naturais de algodão e de índigo - daí o nome para o capote azul - Desde então com uma ampla variedade de tecidos e cores bem como o tartan ele foi revolucionando a moda e até as mulheres o adotaram como forma de chapéu, conhecido o modelo feminino como " Tammy" ou " Tam".
Somente na Primeira Guerra Mundial o gorro Balmoral caqui foi introduzido em 1915 oficialmente para vestir as trincheiras da infantaria escocesa servindo na Frente Ocidental. Este veio a ser conhecido como gorro " Tam o'Shanter" equivocadamente, sendo abreviado pelos militares apenas como ToS. Assim ele substituiu o gorro Glengarry que era a vestimenta do uniforme no início da guerra. Hoje alguns regimentos real da Escócia e algumas forças canadenses continuam a usar o Tos como uniforme de trabalho. Os vários batalhões do Real Regimento da Escócia identificam usando neles penachos coloridos em seus capotes. O Black Watch do 3º Batalhão do Regimento Real da Escócia usa uma armação vermelha em seu ToS, assim como os soldados do The Black Watch of Canada.
No Canadá por exemplo, o exército canadense usa diferentes cores para identificação como os Royal Fusiliers Highland of Canadá usam o Tam o'Shanter na cor verde escuro. Já os The North New Scotia Highlanders usavam a cor vermelha em pela Segunda Guerra Mundial e os Stormont, Dundas e Glengarry Highlanders a cor azul.
O gorro Tam o'Shanter ainda era usado por vários regimentos do exército australiano que tinham uma conexão escocesa em sua formação na Companhia B do 5º e 6º Batalhão da Royal Victory Regiment usando o ToS cáqui e azul em vários momentos. Parece que eles foram substituídos atualmente pelo gorro Glengary. Na Escócia é utilizado como vestimenta em muitos cerimoniais universitários para distinguir aqueles que possuem diploma de doutorado (P.h.d) daqueles que apenas tem títulos acadêmicos. Embora referido como um "Academic Tam" o tal chapéu acadêmico é derivado do boné de Tudor em vez que o Tam o'Shanter escocês, é constituído atualmente por seis a oito pedaços unidos a uma corda na cabeça antes do segmento da torta em vez de um Tam.
Sem dúvida é mais uma cobertura memorável da chapelaria escocesa.
Tropa Gordon Highlander's usando Tam O'Shanter em 1943 em plena Segunda Guerra Mundial
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BICÓRNIO
em inglês Bicorn
Em pesquisa
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CARTOLA:
em inglês Topper aka Top hat
Em pesquisa
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CAPACETE CRAVADO
em alemão Pickelhaube
Os shako mantiveram esta preeminência até meados do século 19, quando os capacetes cravados começaram a aparecer no exército da Prússia , que influenciou os exércitos dos vários estados alemães, e o kepi mais prático substituiu-o por todos, exceto o desgaste da parada. no exército francês .O Exército Imperial Russo substituiu um capacete cravado pelo shako em 1844-45, mas retornou ao último cocar em 1855, antes de adotar uma forma de kepi em 1864. [2]Após a Guerra Franco-Prussiana de 1870, as modas militares mudaram e mudaram de pano. ou capacetes de couro baseados no cocar alemão começaram a substituir o shako em muitos exércitos.
Em pesquisa
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BONÉ
em inglês Lid Hat
Em pesquisa
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BARRETE PESCADOR PORTUGUÊS
em inglês Fisherman Hat
O barrete pescador é uma cobertura muito tradicional de Portugal. Tradicionalmente o barrete preto era usado por trabalhadores no campo e pescadores no no litoral em Portugal. Servia principalmente para a agasalhar do frio além de servir como uma algibeira, uma espécie de bolsa integrada ao vestuário servindo como uma sacola para alguma necessidade, devido a este propósito que justifica-se o seu comprimento.
Já o barrete verde tem a mesma finalidade só que tradicionalmente era usado por camponeses e forcados (grupo de homens amadores que pegam o touro em festejos) na província do Ribatejo.
Confeccionado de pura lã tendo o forro interno em algodão. O processo tradicional era feito em tear circular manual, com a lã devidamente tratada recortada e colocada em formas para secagem natural ao sol obtendo então o seu formato característico até a secagem completa. O restante do acabamento e feito de forma totalmente artesanal assim como toda a sua produção, tendo no final do barrete uma ponta um pompom de lã de fios cortados .
Essa peça faz parte do folclore português como indumentária típica dos pescadores e litorâneos portugueses, que era tradicional até meados do século XX, porém acabou sendo esquecido e substituído pela Boina Basca e mais tarde pelo boné simbolo dos progressistas.
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CHAPÉU NEMES
em inglês Nemes
Em pesquisa
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GORRO DE PENA
em inglês Feather Bonnet
Em pesquisa
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BARRETE DE PADRE
em inglês Biretta
Em pesquisa
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CAPELO
em inglês Square Academic Cap
Em pesquisa
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TOQUE BLANCHÊ ou TOUCA BRANCA
em francês
Em pesquisa
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BONÉ DE BASEBALL
em inglês
Em pesquisa
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BONÉ TUDOR: Conhecido como BONÉ DE MÉDICO ou BONÉ REDONDO
em inglês Tudor bonnet
Um capô acadêmico de tecido padrão Tudor.
é um tradicional boné de abas arredondadas, com uma aba pendurada por um cordão que circunda o chapéu.Como o nome sugere, o boné Tudor foi popularmente usado na Inglaterra e em outros lugares durante os tempos Tudor .
A touca é usada como roupa tradicional com vestidos e representa um equipamento de cabeça adequado, especialmente para uniformes e oficiais de guilda de burgess.
As capotas Tudor podem ser feitas de veludo ou tecido, geralmente preto, mas às vezes em outras cores.O cordão e a borla podem estar em uma variedade de cores.O ouro é comum nos limites acadêmicos, mas em Oxford e em algumas outras instituições uma faixa preta é tradicional.
Em muitas instituições educacionais, é tradicional que os membros do corpo docente usem um tam macio ou um tradicional capelo .O biretta às vezes também aparece entre os titulares de graus de teologia ou oficiais em instituições religiosas.
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GORRO BALMORAL: Conhecido como GORROBAMORAL ou CAPUZ INGLÊS ESCOCÊS antigamente conhecido como GORRO KILMARNOCK
em Inglês balmoral
O gorro Balmoral é derivação anterior de um outro capuz chamado de Kilmarnock, é uma cobertura escocesa tradicional utilizada como parte da vestimenta formal e informal de um Highland (Alto Conselho) que foi desenvolvido a partir do capote azul que era datado já por meados dos século XVI, assumindo a forma de um gorro de lã macia em uma forma de coroa caída lateralmente. Foi dado este nome a este tipo de cobertura devido ao Castelo Balmoral em Alberdeenshire, onde tornou-se uma das residências oficiais da realeza na Escócia que foi comprada pela família real em 1852 e permanece até os dias atuais como residência de verão; foi uma alternativa similar ao Tam o'Shanter que era um capote utilizado pelos Fensários - Glengarries. O gorro evoluiu durante séculos e foi usado por toda Escócia, feitos a mão por uma antiga empresa de Ayrshire que fazia autênticos chapéus escoceses desde meados de 1800.
Originalmente tinha uma coroa volumosa, mas hoje como é feito com panos mais fino para que ele tenda a cair mais facilmente. O gorro era feito tricotado na melhor lã pura e depois moído para dar efeito de feltro de qualidade, nas cores azul marinho, preto ou verde garrafa. As fitas presas na parte de trás da banda tinha a finalidade original de proteger o gorro para reforçar as bordas, as vezes são usadas penduradas na parte de trás do capuz como elemento decorativo, tendo uma medalha ou roseta do regimento ou esquadrão no lado esquerdo, onde normalmente o caimento do gorro fica do lado direito para dar destaque ao emblema. Ao centro fica a toorie - pompom pequeno decorativo - tradicionalmente vermelho.
Os gorros balmoral são usualmente utilizados na Royal Navy, e estilizados na cor Azul Royal com o toorie preto. Muito parecido como o Gorro Glengarry e confundido com Bivaque, o o gorro Balmoral difere justamente pelo seu formato, enquanto o bivaque lembra uma barraca, e o gorro glengarry lembra um barco. Como alternativa de diferenciação dos Glengarry Fencibles este gorro possui o caimento lateral tornando distinto das demais coberturas.
Uau!!!
ResponderExcluirmuito bom. espero que atualize com o restante das pesquisas.
ResponderExcluirParabéns pela pesquisa. Muito bom
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