Nesta Charneira do dia 25/10/2012 iremos mostrar o especialista em mercado de luxo Marcelo Teixeira, que desenvolveu projetos para várias empresa inclusive a Embraer.
STUDIO MARCELO TEIXEIRA
Marcelo Teixeira irreverente e já descontraído antes mesmo de ministrar a palestra, acabou despercebido e foi confundido pelo público como um dos organizadores da Charneira 2012. Até então pensavam que o cara lá em cima fazia parte da organização pois estava com uma blusa preta e tinha até um crachá - comentou uma das pessoas da platéia. Ele começou dizendo que quando se entra na universidade já era! Você já é um designer, você acaba de mudar seu modo de agir, de pensar e se relacionar com as pessoas. E por isso ele acha importante difundir a profissão para que o grande público saiba entender um pouco da profissão para desmistificar essa esterótipo que a grande mídia criou entorno do design. Pensando no fim do mundo ele ainda comenta : " Qual é a sua estratégia para sobreviver no mercado? O quê vai ser quando crescer? E como vai viver de design durante vinte e poucos anos".
São vinte e dois anos de experiência criativas e começou como arquiteto, fazendo umas esculturas que ele disse que nem botava fé, mas que chegou a ministrar Gestão do Design na FAP-SP e na pós de marketing, também o curso de Inovação de Desenvolvimento de Produto.
Para ele o Fim do Mundo, tema da Charneira é a teoria do Caos, as teorias de Pierce, não no mundo é linear. Isso é um pouco da maneira de como nós somos, agimos e pensamos, fora dos padrões impostos no modelo educacional como sociedade e que o design deve ser underground, hardcore, senão vai acabar bestificado e vai fazer o que o mercado quiser e o que puder.
Enfatiza ainda que na Embraer coordenava vários projetos complexo de desenvolvimento, mas que existe um mito que para fazer design aeronáutico é muito difícil e que o designer não tem muito espaço para atuar. Segundo Marcelo o design tem ' o motor na mão'. No briefing tem que ser desenhado pela palavras para tangibilizar e demonstrar a solução.
" O cara que faz mais de dez alternativas para um projeto é um idiota" - conta Teixeira que disse que um projeto com um briefing bem estruturado deixa o mais limitado e cria parâmetros para atingir a solução fala que o importante da profissão não é saber desenhar, mandar bem em sketches o importante é saber tangibilizar a idéia e você poderá seguir várias formas.
O Designer Marcelo Teixeira ainda provocou uma ironia em sua apresentação demonstrando o que é para ele o Fim do Mundo:
Google Trends
Pequisa por palavras:
Deus: Cerca de 242 000 000 resultados (0,31 segundos)
Design: Cerca de 5 230 000 000 resultados (0,35 segundos)
" Estão mais buscando o design do que Deus"- argumenta. O termo design viralizou para tudo mas esse não é o problema, veja como temos questionadores no mundo e quantos agregam valor com o design. O nosso problema é que temos mentalidade de colonial vem com esse papo que tudo que vem de fora é bom. " Ouvi dizer que Curitiba era um lixo o bom mesmo era ir para São Paulo" - ridicularizando a argumentação. " No Brasil todo mundo é fanático por brinde, onde tem brinde todo mundo participa, é como voltar a colonização para ganhar um espelhinho em troca de pau-brasil, tem gente que paga pau em dizer que está trabalhando para uma empresa européia se achando o máximo com isso, até ouvi uma reportagem recente dizendo que o design brasileiro está crescendo. Os designers brasileiros já estão pondo pra ferver".
O DESIGN É CIÊNCIA
Para Marcelo Teixeira o design é uma ciência como qualquer outra que não utiliza as mesmas metodologias aplicáveis as outras ciências mas chega por meio de outros métodos a resultados mas surpreendentes.
" O design funciona como forma multidisciplinar. A nossa falta de educação artística, do pensamento é suprimida desde a educação básica. Vocês designers fazem parte da nata da sociedade brasileira e mundial" - criticando o sistema no qual a escola desde a ditadura militar no Brasil suprimiu a arte, a filosofia, a sociologia, e a música como forma de massificar o padrão de pensamento. Ainda satirizou a situação que uma de suas filhas tinham pintado uma bandeira do Brasil muito louca com cores diferentes e a professora de Artes reprimiu-a; o chamou perguntando se sua filha tinha algum problema. " Pra mim minhas filhas pintam do jeito que quiserem, eu levo elas lá pro estúdio e dou diploma para elas de design" - ironizou.
Como seremos daqui para frente? Que repertório que vamos construir? A gente pega cada tranqueira, as vezes aprendemos tudo superficial, pois o ser humano é totalmente visual, temos que ter uma visão mais ampla temos que saber elementos da natura como cor, sombra, luz, somos diferentes dos demais já que 93% dos brasileiros nunca entrou num museu.
Por isso o design não pode ter preconceito. Ou você desenha pra você ou desenha pro cliente, para o mercado. Temos que ser psicólogos, antropólogos, filósofos e historiadores. Existem mais de 20 mil designers formados todos os anos no país, e cadê essa leva de designers? Quando vamos criar nossa história? Somos nós que fazemos o design mimético que mercado impõem pela nossa falta de iniciativa, os poucos que tem projeção são os que fazem o design dinâmico e versátil, ou você são ainda esses caras que acha tudo em suas vidas uma tragédia? Existe sim uma luz no fim do túnel.
O design não é supérfluo, é uma ciência estratégica que caminha para outras áreas aplicada em qualquer coisa seja projeto, produto ou serviço.
A forma clássica de produzir um produto não é mais a mesma forma de como produzimos hoje um produto. Nem pode ser mais aquela forma vagabunda; é profundo, hoje temos um time de especialistas dentro de um brainstorm como psicologos, engenheiros, médicos...cita um exemplo de como produzir uma cadeira: " Para fazer uma cadeira na parte ergonômica que envolve a biomecânica eu pego por exemplo um fisioterapeuta, ele que me dará o suporte de como o músculo se comportará quando eu me sento ou me levanto, como vou movimentar meus músculos para tirar a cadeira do lugar? Design é estratégia.
O DESIGN THINKING
" O design thinking não é design fucking". A história é que existe algo a mais é o design que comunica, que se integra com o serviço e ambiente é uma experiência que muitas vezes vai de boca-a-boca. Se errar para um cliente dez pessoas 'seus clientes' não vão mais falar com você. Isso pode quebrar uma empresa uma empresa. Portanto a experiência precisa emocionar. A inovação não é arrancar tudo e tentar fazer de novo do zero, a inovação é uma ciência que pesquisa por várias teorias e sua criação não virou um resultado qualquer, ele foi materializado, tangibilizado em palavras e então isso vira grana. Já a tendência não é ir nas feiras e show-rooms e achar que olhar isso você vai identificar uma oportunidade um público alvo, projeto é muito mais além que a visão que a observação é entranhar-se em um universo mais abrangente.
A criatividade também não é um dom de Deus, a criação é a frase de Thomas Edison com algo a mais: Talento é 1% de criação e 99% de sangue, suor e lágrimas. Nós somos tolhidos como burros, como ser criativo no mundo de hoje fosse algo diferente, o negócio é só seguir a lógica do mundo e pronto. O criativo é o resto da humanidade, o criativo é um cara metódico e até uma pessoa chata.
O design thinking é um funil onde se DESCOBRE, PROJETA e ENTREGA de forma superior. O ideation é uma ideia de prototipar a ideia e o seu processo de forma a ajuda a descobrir o processo e lápida-las, entendendo e vislumbrando antes da ideia se tangibilizar por completo.
O studio onde trabalho percorre o lado autoral. A partir desses opostos do artesanal e tecnológico é muito mais relevante principalmente no Brasil.
Finalizando define qual é a sua concepção de design:
Design é favorecer experiências memoráveis , oferecendo com o DNA da empresa a vida do business, tendo como base o diferencial, e que tudo pode virar negócio.
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HOUSE CRICKET
Fábio Cruz diz que o mais importante é essa troca de informação. O House Cricket é uma unidade de criação digital dentro da Opus Múltipla. A doze anos atrás a comunicação digital proposta pelas empresas era tosca e que não havia cognição nelas. Anunciar hoje em dia na web faz com que alguma empregas tenham 80% do mercado. O mercado mudou e a foram como nós interagimos também.
Pensamos no marketing digital
Criamos conexões com os clientes e os pdvs
Comunicação dirigida direto ao público alvo
A comunicação digital é tudo isso e um pouco mais. Existe uma falta de profissionais no mercado em expansão. A propaganda vende para a massa, mas o nosso propósito é vender com o compromisso de resultado - evidenciando que nem sempre que o consumidor acaba adquirindo acaba gostando.
Vou medir as preferências pelos tipos de ferramentas que utilizam. As plataformas como computadores e notebooks já estão caindo em desuso. O celular e os tablets estão assumindo essa fatia. A grande questão é que este eletrônicos estão acabando com as barreiras de usabilidade uma vez que eles são facilmente manipulados por crianças e idosos. O consumo de tecnologia touch é muito consumido por idosos. A questão é que a forma deve atingir vários públicos e sua usabilidade está conseguindo servir a todos, embora ninguém seja obrigado a aprender alguma tecnologia.
Já existe pontos de venda totalmente touchscreen no exterior, você pode fazer uma compra sem entrar numa loja. A palavra de ordem é integração. Hoje com a tecnologia as pessoas interagem muito mais só que a sociedade no qual conhecemos acabou isolando-se mais fisicamente. As pessoas são narcisistas elas se mostram e compartilham seus valores. O que é isso? Isso é oportunidade. Eles estão dizendo que adoram isso, que não gostam daquilo, que isso é ruim. Assim construímos uma base de dados concisa já que a forma de consumo mudou, eles te escutam e vem o tempo todo como um verdadeiro Big Brother. Hoje até a forma de se cadastrar na internet mudou, antes eram tantos dados que afugentava os potenciais clientes. O seus arquivos estão na nuvem e estão lá para uma nova forma de intervenção.
As lojas físicas também acabaram se tornando uma parte da loja virtual. Os ditos 'bonslinks' nesta grafia mesmo, é uma turma que pesquisa e o que está rolando na internet o tempo todo o que está bombando. A próxima tendência de consumo é o encantamento.
A maneira que ela é tradada torna uma boa experiência ao consumidor fidelizando o cliente a marca. Algumas vezes viram seitas de adoração ao que ela representa como a Apple. Os clientes buscam algo que seja pertinente e relevante e o aprenda como experiência. O serviço é uma experiência é uma coisa que possa parecer ridícula de simples mas que fazem com que as oportunidade se abram fazendo gerar ganhos no buzz, simples e direto como exemplo o cartão de clientes da Adidas que gera um novo tipo de experiência.
O inusitado é aquilo que lembra um bom tempo, e as vezes não se apaga da cabeça do consumidor. Você pega o âmago das pessoas. Essa é a experiência que as pessoas buscam hoje em dia, as vezes pode ser tecnologicamente sofisticadas as vezes simples.
O FUTURO
A tendência no futuro da mídia digital é a holografia. Altamente tecnológica ainda, já foi utilizada num show do Snopdog com holograma do rapper Tupac morto em 1996. O futuro vai confundir passado com futuro, presente com ausente, o hoje com o amanhã. É algo surpreendente, não é algo manjado, o ideal é conseguir viralizar pra todo mundo.
O seu website é um endereço ou não? Sua marca tem uma atitude? Produzir um viral coloca uma marca em evidência e chegue ao consumidor. A atual tendência é interagir com os produtos e a casa. Pois todos buscam conforto comodidade segurança esse é o perfil da sociedade que vivemos. Para nós o normal ainda é ir em uma loja, no futuro não será mais assim.
http://www.housecricket.com.br/#saltos
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