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MICÉLIO, O MATERIAL QUE PODE SUBSTITUIR O PLÁSTICO E QUASE TUDO!

Imagine ter um material resistente ao fogo, vapor e umidade, além de funcionar como isolante térmico, acústico e 100% biodegradável. Agora imagine que esse material é feito de fungos. Conheça o micélio, um cogumelo que vem sendo explorado nos últimos anos e pode ser um substituto para o plástico e para o couro e pode substituir outros materiais.




A ideia é que o micélio possa ser usado para fazer paredes de isolamento, além de embalagens para produtos eletrônicos e objetos frágeis. A empresa que toma à frente desse desenvolvimento é a Ecovative, que já ganhou certo nome no mercado e tem parcerias com a Ikea, empresa sueca que é referência em móveis e decoração.

O destaque do micélio se deve pelas características do material desenvolvido: o material é um emaranhado de filamentos e serve de absorção de nutrientes para os fungos. Sendo grudento, o micélio consegue se aderir a qualquer superfície, além de se desenvolver rapidamente. Para se ter uma ideia, em cinco dias já é possível fazer 13 quilômetros de material.

Entre os materiais feitos pela Ecovative estão a Myco Board, que se assemelha a madeira e pode ser utilizada em peças de decoração e construção, e a Myco Foam, que é um tipo de espuma que lembra o isopor e pode ser usada em embalagens. Além de desenvolver os materiais, a Ecovative também incentiva o faça-você-mesmo, ensinando ao cliente como fazer o seu próprio. Existe até uma comunidade que troca dicas de peças que podem ser feitas com o micélio.




Os cientistas por trás dos produtos ainda desconhecem o potencial total do micélio. Tanto que, em 2013, fizeram um experimento arquitetônico, montando uma casa feita de micélio, nomeada Pequena Casa de Cogumelo. “Nós vemos um futuro em que os materiais feitos de cogumelo poderão estar no pará-choques do seu carro e nas paredes de sua casa“, diz Sam Harrington, da Ecovative, ao Gizmodo. Segundo a publicação, a principal dificuldade da operação da Ecovative é mudar a percepção do público sobre os seus produtos.

Micélio também pode substituir o couro


Uma outra prova de que há muito o que ser explorado quando o assunto é o micélio é a startup Mycoworks, especializada em fazer tecido. Misturando as fibras do micélio com resíduos de planta, a Mycoworks desenvolveu um material que se assemelha ao couro. Ao contrário do couro animal, que leva três anos para ser produzido, são necessárias apenas algumas semanas para a faturação do produto.
Para o meio ambiente, o material produzido pela startup tem um impacto bem menor: enquanto um par de sapatos de couro produz 15 kg de dióxido de carbono, o material de micélio é neutro em carbono.
Em entrevista ao FastCoExist, Phillip Ross afirma que o material produzido é semelhante ao couro em aparência e resistência. A ideia é que o material já esteja disponível para comercialização em dois anos e o custo deve competir com o couro animal: a ideia é que o material seja vendido por US$ 5 a cada pé quadrado (equivalente a 0.09 metro quadrado).

Nova técnica usa os cogumelos na construção 


Criado como alternativa às construções tradicionais, material não gera resíduos.

Alunos da Universidade de Brunel, em Londres (Inglaterra), estão testando uma estrutura no mínimo inusitada. Eles estão usando cogumelos para criar um novo tipo de construção sustentável. A ideia é que a técnica possa ser uma alternativa às construções tradicionais.
Em parceria com a empresa de arquitetura Astudio, o estudante Aleksi Vesaluoma criou uma estrutura feita com micélio (parte vegetativa dos fungos) misturado com papelão. O material é então moldado, dando forma ao que ele chama de “salsichas de cogumelo” que então é embalado em uma espécie de gaze de algodão.
A estrutura é colocada em uma estufa por quatro semanas onde ela pode se desenvolver. Aí estará pronta para ser usada em festivais ou qualquer evento temporário e depois será facilmente biodegradada na natureza. A intenção é ter um produto que gere zero resíduos.
O criador também afirma que os cogumelos que surgem na estrutura também podem ser colhidos para consumo, ressignificando a própria função arquitetônica. Vesaluoma dá como exemplo tal uso sendo adotado por um restaurante que serve pratos com cogumelos.
“Atualmente, os principais fatores que impedem a comercialização em grande escala de materiais com micélio são as pré-suposições das pessoas, bem como o poder da indústria com fins lucrativos”, acredita.
O material resultante do micélio com orgânicos, usados na construção civil, tem potencial para amenizar diversos problemas ambientais, como a remoção de recursos da natureza, desmatamento e emissões tóxicas de queima de tijolos.
“Os materiais do micélio são benéficos para nós e para o meio ambiente, além de serem realmente legais. Eles são um excelente exemplo do porquê precisamos confiar na inteligência da natureza para nos ajudar a criar sistemas de fabricação mais regenerativos”, conclui o estudante.
Fonte: ciclovivo

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