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DESIGN BLOC: O DESIGNER COMO FATOR DE MUDANÇA - TÚLIO FILHO




O Designer gráfico, administrador de empresas e ativista do design Túlio Filho atua no mercado de comunicação e design há mais de 20 anos. Passou por diversas agências e escritórios, conquistando prêmios de âmbito nacional e internacional. É co-fundador da Blu Design e Comunicação. Em 2012 foi eleito Empresário de Design do Ano. É sócio fundador e e já foi presidente da ProDesign>pr, também é conselheiro do Centro Brasil Design e do Instituto GRPCOM, Delegado do Colegiado de Design no Conselho Nacional de Políticas Culturais.

Ele veio falar um pouco do papel do designer no dia do aniversário de Curitiba (29/03/2016) e como o designer no Brasil ainda precisa engajar-se melhor para que o design ganhe além de reconhecimento e a regularização da profissão, a cidadania, onde o design entre como fator de mudança para solução de grandes problemas para as cidades e para o mundo.



Segundo dados apresentados por Túlio, 1/3 dos estudantes que entram no mercado de design acabam mantendo-se nele. Sendo que desse 1/3 apenas 1 estará trabalhando diretamente com design ou outros acabarão sendo absorvidos por mão de obra especialidade em outras áreas que tem alguma similaridade e complementaridade com o design. Existem 1511 cursos regulamentares de design no Brasil, formando mais de 15 mil profissionais por ano em Design - todas habilitações: Designer de Produto, Gráfico, Moda, Digital, Games, etc.) Existem 250 escritórios de Design somente em Curitiba, sendo que menos da metade são empresas administrada por designers. Apenas temos um designer contratado por empresa, em geral a maioria trabalha sem reconhecimento da profissão tendo grande parte da mão de obra absorvida por estagiários. O mercado é complexo.

Ou você é ensinado para ser peão ou chefe, as opções são poucas. Temos que buscar novos modelos que fomentem o design no país. O design é sempre visto como algo positivo, mas não essencial, não conseguimos ganhar dinheiro com isso. As pessoas não compreendem o que o design faz, isso é um erro. Também é um erro da nossa parte e das universidades que formam os estudantes. É um erro do mercado que deturpou o que fazemos. Não dá para culpar a sociedade por aquilo que fazemos, precisamos nos unir.

O design é projeto, processo. 

Não dá para ficar só na prestação de serviço. A economia criativa não absorve todo o potencial. As empresas não priorizam o design no seu processo. O Brasil está sofrendo cada vez mais o processo de industrialização e já não temos tantas indústrias para atender. Precisamos sair da caixinha, e pensar no design em sua essência: processo, gestão, planejamento. O design é transformação. Transformar coisas, cidades, modelos, produtos, pessoas, hábitos, cultura...



O DESIGN THINKING

O conceito de design passou do design, porque a gente não pode falar que somente arquitetos, sociólogos, políticos podem resolver os grandes problemas? Afinal o design thinking é simplesmente a metodologia que o design utiliza para resolver problemas e as outras profissões se apropriam do conceito metodológico da profissão do design para vender uma solução de projeto em que nossa essência como profissão somos mais qualificados que qualquer outro. Nós podemos realizar o que um administrador, um gestor, um político ou um engenheiro, arquiteto, médico seja lá quem for para resolver problemas. A gente cria mais problemas do que soluções sai das habilidades clássicas e outros modelos e trabalhos surgem com o design surgindo novas formas de interação e solução para problemas diversos.

 As vezes (o deisgn faz) as coisas só funcionam para olhar! As políticas mantém o design com uma postura que é considerado supérfluo. Assim como grande parte do mercado. Os países mais inovadores do mundo como Inglaterra, suécia, Estados Unidos, Alemanha tem uma política forte com o design para geração de soluções dos grandes problemas que atingem as nossas cidades. Não! O design então não é supérfluo. O design é um resolutor de problemas!!! Não é estética e função apenas é processo
  • FOCO NO SER HUMANO
  • ENVOLVIMENTO DO USUÁRIO
  • PIVOTAR - COLOCAR IDÉIAS EM PRÁTICA


Nós encontramos e achamos a pergunta certa antes da resposta. Nosso trabalho envolve além da compreensão industrial do mercado. Nós não apenas servimos o mercado e suas necessidades, podemos atender a diferentes tipos de necessidades.

British Council, na Inglaterra desde 1944 inseriu o design em todas as esferas políticas e públicas na Inglaterra e é um dos países mais promissores para se viver e todas as oportunidades e profissões tem espaço na Inglaterra.



A PEQUENA GRANDE EXPERIÊNCIA EM CURITIBA

Conseguimos iniciativas de colocar Curitiba como a cidade do design, gerindo oportunidades de negócios e fomento de soluções para a cidade;
Tentamos resolver problemas da cidade através da Semana D;
Temos o Conselho de Cultura e o Concitiba (Conselho da Cidade) e;
Plano de Design e Inovação; além de
Curitiba + Design, onde vários profissionais são reunidos em grupos para resolver problemas da cidade (ainda de forma experimental);
Distrito Criativo nos moldes do design beneficiando a economia criativa;
GovJam que são reunidos no espaço vários representantes de cidades para achar situações semelhante e soluções para a cidade.



O DESIGN COMO FATOR DE MUDANÇA

Então como podemos atuar?
Podemos atuar aumentando os serviços ofertados onde está acontecendo o inverso a redução da arrecadação em toda as esferas (MUNICIPAL, ESTADUAL, FEDERAL). 
A capacidade financeiras não permitem coisas megalomaníacas e drásticas que nossos gestores e políticos propõem para resolver os problemas, afinal o design trabalha com poucos recursos e falta de recurso nós sabemos que é o que fazemos de melhor que é o Estímulo a Inovação!

Os governos não inovam porque tem grandes recursos e isso mantém cada vez mais gastos gerados pelo sistema político. É a sociedade quem inovará sobre o sistema atual através do design como vetor principal de mudança. Podemos fazer um diagnóstico holístico criando uma ponte entre a sociedade comunicando e desenvolvendo ideias para os problemas coletivos (cidades, recursos, emprego...). O designer tem que colocar como uma solução para os grandes problemas que estão surgindo. Não podemos ficar esperando que as outras profissões resolvam problemas que nós temos melhor capacidade de coordenar e gerir processos.



O PLANO SETORIAL DE DESIGN

Esse plano todos designers serão atingidos por esse negócio. Não estamos desmerecendo nenhuma profissão apenas estamos ampliando oportunidades para o design e todos envolvidos com design fomentem gerando uma cadeia de negócios. É como uma rede, um ponto depende do outro para se manter. A ideia é criar soluções onde colocamos gente para pensar, criando diretrizes com metas e ações com indicadores de ações ralizadas.

Nossa próxima reunião da PróDesign>pr será na Biosfera Coworking 31/03/2016 será uma reunião preparatória para 16/04/2016 onde na União Paranaense Estudantil será realizado o: Futuro do Design das 9h as 18h. As discussões sobre o viés da Economia Criativa e precisamos de mais gente para fomentar o Design Bloc - Que chamamos de guerrilheiros de ideias onde pessoas contribuem com novas soluções que serão discutidas. Esperamos todos por lá. 


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