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CHARNEIRA 2010 - DEBATE: BRASILIDADE



Nesta noite de quarta-feira, dia 27/10 houve o debate sobre o Design Brasileiro como Identidade. Com a presença do mediador José Luiz Casela, e os convidados Aguilar Selhort Junior, David Santos e Kleber Puchaski. A polêmica surgiu de como o mundo enxerga o Brasil e seu design? O design brasileiro não é definido e focado na estratégia, embora o que se ainda aplica é utilizar atributos passados do esteriótipo de Brasil - David Santos da Lumen Design. Já para Kleber Puchaski PhD em Design automotivo pela Royal College of Art, devemos criar simbolos icônicos, heróis do design, que criem uma referência de identidade visual, assim como são os Campana's Brothers (Irmãos Campana) embora façam um trabalho mais autoral utilizando e vendendo no exterior o conceito de Brasilidade.
Para Aguilar Selhorst,da Megabox ,o conceito é mais amplo atende em utilizar os atributos passados e aproveitar a vocação nata do brasileiro que é a criatividade, e o design autoral, criando uma plataforma de identidade para uma filosofia de design brasileiro. A dificuldade que o mercado tem de assimilar o design nacional como força motriz, tanto para investimentos tanto de branding, como estratégias simples, ainda é muito restrito, embora as entidades do design estarem organizadas, não existe uma estratégia nacional de desenvolver o design nas mais diversas áreas, junto com o marketing, ou gestão empresarial, desde a commoditie até os produtos mais sofisticados, com características e atributos de um design nacional.

Será  fundamental uma organização que os estrangeiros consigam enxergar, conhecer e compreender melhor o Design Brasileiro. Como disse Kleber Puchanski: Não é raro que muitas vezes googleando sobre design brasil gere pequenas e confusas  informações sobre a referência do design nacional. Ainda estamos presos a estética cinquentista: Brasil: Samba, Futebol, Malandragem, Carnaval, Violência, Sensualidade...
A idéia seria criar  características próprias embora leve muito tempo, assim como é reconhecido o design alemão, ou o design italiano.

Minha reflexão:

Para mim brasilidade está no cotidiano brasileiro, nas cores vivas, no frescor das frutas (que país tem abundância de frutas como o nosso?) no volume das formas orgânicas (desde a sensualidade da mulher, a vasta riqueza de fauna e flora, e recursos naturais) na simplicidade das coisas, e na criatividade inconfundível.
O Brasil pode agregar valor em cima da marca Brasil com investimentos de design nas pequenas e médias empresas com parcerias público privadas (PPP) e o fortalecimento de um diferencial único brasileiro a homogeinidade.

Minha visão é diferente de Kleber Puchaski,  embora o design alemão ou italiano seja reconhecido mundialmente, ele é um design narcisista - como diz Philippe Starck - quem reconhece um design alemão, ou italiano é quem tem contato direto com design, ou outro superdesign - uma pessoa leiga não consegue distinguir o design alemão, do italiano, ou do escandinavo, ou se foi feito por Etore Sotrass, ou por Philippe Starck, ou muito menos por Karim Rashid embora o rosa já denuncie seu trabalho autoral. Criar uma identidade de Brasil é muito mais amplo porque as massas precisam compreender esse dito 'design' de forma simples e claro como um Apple. Sem as barreiras culturais ou lingúisticas, que o mundo inteiro possa reconhecer de forma precisa.

Alguém ai já viu design australiano?
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